Petrobras avalia investir na Raízen e retorna ao setor de etanol

Petrobras considera adquirir participação na Raízen, destacando a importância do etanol no cenário energético brasileiro.
16/08/2025 às 11:05 | Atualizado há 1 mês
Investimento na Raízen
Petrobras planeja investir na Raízen como parte de sua volta ao setor. (Imagem/Reprodução: Moneytimes)

A Petrobras (PETR4) está avaliando um investimento na Raízen (RAIZ4), uma joint venture da Cosan e Shell, o que poderá marcar seu retorno ao setor de etanol. De acordo com o jornal O Globo, a estatal considera adquirir uma participação na empresa ou ativos específicos até 2025. Essa estratégia visa reestabelecer sua presença em um mercado importante para o Brasil.

A Raízen se destaca no setor como uma das maiores produtoras de etanol de cana-de-açúcar e opera 29 usinas. Recentemente, reportou um prejuízo de R$ 1,8 bilhão no primeiro trimestre da safra 2025/26, uma queda significativa em relação ao lucro de R$ 1,1 bilhão do ano anterior. A Petrobras estuda alternativas, como a segregação de ativos, para driblar restrições de concorrência com a Vibra.

Embora a entrada da Petrobras na Raízen seja aguardada com expectativa pelo mercado, a parceria pode trazer sinergias valiosas, integrando a experiência de ambas as empresas. A Raízen, conhecida por sua produção sustentável de etanol de segunda geração, pode acelerar a transição energética do Brasil, enquanto a Petrobras busca expandir suas operações no setor de combustíveis.
A **Petrobras** (PETR4) está considerando um Investimento na Raízen (RAIZ3), uma *joint venture* da Cosan (CSAN3) e Shell, marcando um possível retorno estratégico ao setor de etanol. Segundo informações do jornal O Globo, a estatal avalia a aquisição de uma participação na empresa ou a compra de ativos específicos, com uma decisão esperada até o final de 2025.

A Raízen se destaca como uma das maiores produtoras de etanol de cana-de-açúcar no Brasil, sendo a única no mundo a produzir etanol de segunda geração em escala comercial, operando 29 usinas. Além disso, a empresa atua na distribuição de combustíveis sob a licença da marca Shell no Brasil, Argentina e Paraguai, contando com mais de 8 mil postos revendedores.

No primeiro trimestre da safra 2025/26, a Raízen reportou um prejuízo líquido de R$ 1,8 bilhão, contrastando com o lucro de R$ 1,1 bilhão no mesmo período da safra anterior (2024/25). Essa variação reflete um impacto negativo no desempenho operacional durante o período analisado.

A Petrobras busca fortalecer sua presença no mercado de etanol, mas enfrenta desafios internos, como a cláusula de não competição com a Vibra (antiga BR Distribuidora) até 2029 no setor de distribuição. Para contornar essa restrição, a estatal estuda opções como a segregação de ativos ou acordos específicos de gestão.

Especialistas apontam que a entrada da Petrobras na Raízen pode ser um passo para o retorno da estatal à distribuição de combustíveis, um movimento já sinalizado pela presidente da empresa, Magda Chambriard. Para a Cosan, a busca por novos parceiros visa fortalecer seu portfólio e reduzir o endividamento, que alcançou R$ 17,5 bilhões no segundo trimestre.

A Raízen se posiciona como uma empresa de destaque no setor de bioenergia, com uma abordagem focada na inovação e sustentabilidade. Sua produção de etanol de segunda geração, a partir de resíduos de biomassa, representa um avanço significativo na busca por fontes de energia mais limpas e renováveis.

O Investimento na Raízen pode gerar valor para a Petrobras, impulsionando o crescimento do setor de etanol no Brasil. A experiência da Raízen na produção e distribuição de combustíveis, combinada com a expertise da Petrobras no mercado de energia, pode resultar em sinergias importantes e oportunidades de expansão.

A decisão final da Petrobras sobre o Investimento na Raízen é aguardada com expectativa pelo mercado, que acompanha de perto os movimentos das grandes empresas do setor de energia. A possível parceria entre as duas empresas pode ter um impacto significativo no cenário nacional e internacional, impulsionando o desenvolvimento de novas tecnologias e soluções para o setor de combustíveis.

Via Money Times

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.