A ANP determinou a paralisação da produção no Campo de Peregrino, impactando diretamente as finanças da PRIO. Com a empresa controlando 40% do campo, essa interrupção representa um desafio significativo. A medida foi tomada após a identificação de falhas críticas no FPSO, gerando incertezas sobre a operação futura.
De acordo com a análise da ANP, problemas relacionados à documentação também motivaram a suspensão. A auditoria realizada em agosto expôs diversas situações de risco iminente, resultando na interdição cautelar. O CEO da PRIO, Roberto Monteiro, tentou minimizar os efeitos, enfatizando que as questões de segurança estão sendo tratadas.
Os reparos para atender as exigências da ANP devem levar de três a seis semanas, afetando a receita mensal de US$ 40 milhões do campo. A paralisação pode gerar uma perda significativa de caixa para a empresa, entre US$ 90 milhões e US$ 180 milhões, de acordo com analistas. Como a PRIO está em negociado ajustes de preço com a Equinor, essa situação levanta dúvidas sobre os impactos financeiros futuros.
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) determinou a paralisação da Produção em Peregrino, impactando significativamente o fluxo de caixa da PRIO. A medida, considerada inesperada, levanta questões sobre a operação do campo e seus efeitos financeiros. A PRIO detém 40% do Campo de Peregrino, enquanto a Equinor controla os 60% restantes, mas a PRIO assumirá 100% da operação após a compra da participação da Equinor.
A decisão da ANP de interromper a Produção em Peregrino foi motivada pela identificação de “falhas críticas e sistêmicas” no FPSO (Floating Production Storage and Offloading) do campo, além de problemas relacionados à documentação. A agência reguladora conduziu uma auditoria detalhada no FPSO entre 11 e 15 de agosto, culminando no anúncio da paralisação.
Segundo a ANP, a auditoria revelou “diversas situações de risco grave e iminente”, justificando a medida cautelar de interdição. Roberto Monteiro, CEO da PRIO, minimizou o impacto prático da paralisação, afirmando que a questão principal reside na documentação de segurança da unidade, que deverá ser resolvida em breve.
A PRIO informou que a Equinor já iniciou os reparos necessários e estima que a adequação do FPSO às exigências da ANP levará de três a seis semanas. A Produção em Peregrino representa uma importante fonte de receita para a PRIO, gerando cerca de US$ 40 milhões por mês.
Analistas da XP estimam que, no pior cenário, a paralisação total da produção poderia resultar em um impacto econômico de US$ 30 milhões (ou 0,5% do market cap da companhia) para cada sete dias de interrupção. Considerando o prazo estimado para a retomada da Produção em Peregrino, a PRIO poderia enfrentar uma perda de caixa entre US$ 90 milhões e US$ 180 milhões.
O Campo de Peregrino possui reservas de 202 milhões de barris e uma produção diária de aproximadamente 100 mil barris, dos quais 40% correspondem à participação da PRIO. A paralisação levanta questionamentos sobre um possível impacto no preço que a PRIO pagará pela participação da Equinor, o que poderia atenuar parte das perdas.
De acordo com a PRIO, o valor de US$ 3,35 bilhões a ser pago pelos ativos da Equinor está sujeito a ajustes até o closing, dependendo da geração de caixa no período. O CEO da PRIO ressaltou que a empresa está focada em colaborar com a Equinor para retomar a Produção em Peregrino o mais rápido possível.
Contratos de compra e venda preveem cláusulas de ajuste de preço em situações como essa. A PRIO buscará recuperar as perdas decorrentes da paralisação da Produção em Peregrino, explorando os mecanismos contratuais disponíveis.
Via Brazil Journal