Banco do Brasil e Petrobras enfrentam desafios segundo Felipe Guerra

Felipe Guerra alerta para o sucateamento do Banco do Brasil e da Petrobras diante da recuperação econômica.
18/08/2025 às 18:21 | Atualizado há 1 mês
Sucateamento de estatais
Felipe Guerra, da Legacy Capital, comenta sobre BBAS3 e PETR4 em evento da Warren. (Imagem/Reprodução: Moneytimes)

Felipe Guerra, da Legacy Capital, destaca os desafios enfrentados pelo Banco do Brasil e pela Petrobras. Segundo ele, as duas estatais estão passando por um processo de sucateamento, mesmo em um momento de recuperação econômica. A preocupação com essa deterioração ocorre em meio a um cenário de valorização dos ativos brasileiros.

Entre os problemas apontados estão o aumento da dívida pública e práticas consideradas parafiscais. O Banco do Brasil registra gastos questionáveis e uma queda significativa em seus lucros, enquanto a Petrobras investe em áreas que não trazem retorno imediato, afetando seu valor de mercado e causando perdas substanciais.

A Legacy Capital adotou uma postura cautelosa em relação ao Banco do Brasil e espera cortes nos dividendos. Guerra também menciona a importância da responsabilidade fiscal nas eleições de 2026 e alerta sobre os riscos que um cenário global desfavorável pode impor ao Brasil.
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Felipe Guerra, gestor da Legacy Capital, levantou uma discussão importante sobre o futuro de duas gigantes brasileiras: Banco do Brasil (BBAS3) e Petrobras (PETR4). Em um evento recente, ele destacou que ambas as empresas estariam passando por um processo de sucateamento de estatais, mesmo com a melhora no cenário econômico do país.

Guerra argumenta que a valorização dos ativos no Brasil, impulsionada por um dólar mais estável, tem ocorrido independentemente das ações do governo. Ele aponta para problemas como o aumento da dívida pública e práticas consideradas “parafiscais” como fatores que contribuem para essa deterioração.

No caso do Banco do Brasil, Guerra observa que o balanço da instituição já reflete esse sucateamento de estatais, evidenciado por gastos que ele considera questionáveis. A situação da Petrobras também preocupa, com a empresa utilizando seus lucros (yield) para financiar despesas que, na visão do gestor, não seriam prioritárias.

A percepção de que a Petrobras estaria investindo em áreas menos lucrativas, como a distribuição de gasolina e gás, já causou um impacto negativo no mercado. A empresa perdeu cerca de R$ 32 bilhões em valor de mercado após a divulgação de seus resultados, refletindo a preocupação dos investidores.

O Banco do Brasil também enfrenta seus desafios. A combinação de um aumento na inadimplência no setor do agronegócio com regras mais rígidas do Banco Central (BC) resultou em um aumento das provisões, impactando diretamente os resultados da instituição.

Como consequência, o lucro do Banco do Brasil teve uma queda significativa, atingindo R$ 3,8 bilhões, 60% menor em comparação com o período anterior. O Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) também sofreu um revés, registrando apenas 8% no trimestre.

Diante desse cenário, a Legacy Capital tomou uma posição mais conservadora em relação ao Banco do Brasil, inclusive montando uma posição vendida (short) nas ações da empresa (BBAS3). A expectativa é de uma redução drástica no pagamento de dividendos, que podem ser cortados pela metade ou mais.

Apesar das críticas, Guerra reconhece que o Brasil pode se beneficiar de um ambiente global favorável, desde que o país evite “escorregar em cascas de banana”. Ele também menciona as eleições presidenciais de 2026 como um fator que pode influenciar os ativos brasileiros, com a expectativa de uma alternância de poder e um maior compromisso com a responsabilidade fiscal.

No entanto, Guerra alerta que um cenário global adverso pode complicar a situação, aumentando a volatilidade do mercado e afastando investidores estrangeiros. A atenção do mercado está voltada para o risco de sucateamento de estatais e como isso impactará o futuro econômico do país.

Via Money Times

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Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.