BTG recomenda ações do Nubank; Itaú atualiza avaliação

BTG e Itaú destacam potencial de valorização nas ações do Nubank após análises do cenário econômico.
19/08/2025 às 17:01 | Atualizado há 8 horas
Recomendação de Nubank
Nubank é destaque no portfólio com resultados melhores que esperado, segundo analistas. (Imagem/Reprodução: Braziljournal)

Analistas do BTG Pactual e do Itaú mostraram confiança nas ações do Nubank após resultados positivos do banco. Eles recomendaram a compra, prevendo um aumento de 35% no preço das ações em relação a valores anteriores. A recuperação econômica mais robusta também foi um fator relevante para essa recomendação.

Depois da divulgação do balanço do segundo trimestre, os dois bancos estabeleceram um preço-alvo de US$ 18 para as ações, o que indica um otimismo crescente no mercado. Durante a tarde, as ações tiveram uma leve queda, mas a recomendação sinaliza uma mudança importante na avaliação do Nubank, refletindo novos caminhos possíveis para o banco.

O BTG ressaltou a importância da operação no México como ponto crucial para um reavaliação das ações. Além disso, o Itaú observou a estabilidade na qualidade do crédito e uma boa performance nos limites de crédito, o que pode indicar um semestre forte para o Nubank no Brasil e no exterior.
A Recomendação de Nubank para integrar portfólios de investimento ganha força com a concordância de analistas do BTG Pactual e do Itaú, impulsionada pela recuperação nos resultados, um cenário macroeconômico mais favorável do que o previsto e o posicionamento atual das ações da empresa.

Após a divulgação do balanço do segundo trimestre, os dois bancos passaram a aconselhar a compra das ações do Nubank, estabelecendo um preço-alvo de US$ 18, o que representa um potencial de valorização (upside) de 35% em relação ao fechamento do dia anterior.

Embora as ações tenham apresentado uma leve queda de 0,9% em Nova York no início da tarde, essa recomendação sinaliza uma mudança de perspectiva importante para o banco digital.

A equipe de Eduardo Rosman, do BTG, atribui uma classificação overweight (acima da média) para as ações do Nubank pela primeira vez desde a sua oferta pública inicial (IPO) em dezembro de 2021, marcando um ponto de inflexão na avaliação do banco.

No final do ano anterior, o mercado havia demonstrado preocupações com o Nubank devido à perda de força da modalidade de PIX no crédito e à estratégia de expansão para clientes de baixa renda, em um contexto de incertezas macroeconômicas.

A expectativa média de lucro líquido para 2025, que era de R$ 3 bilhões antes dos resultados do terceiro trimestre de 2024, diminuiu para aproximadamente R$ 2,5 bilhões no início de 2025, resultando em uma liquidação (selloff) das ações.

Contudo, o cenário macroeconômico não se deteriorou como esperado, permitindo uma retomada no uso de cartões e PIX no crédito. Além disso, o Nubank implementou medidas para refinar a precisão na concessão de limites de crédito.

Os analistas do Itaú, liderados por Pedro Leduc, destacaram a estabilidade na qualidade do crédito e a provisão preventiva significativa para os limites recém-concedidos no segundo trimestre, o que deve impulsionar um maior volume total de pagamentos (total payment volume) no futuro, com um segundo semestre mais robusto.

O BTG enfatizou a relevância da operação do Nubank no México, considerando-a um pilar fundamental para a tese de investimento. Uma expansão bem-sucedida no país pode justificar uma reavaliação (re-rating) das ações e fortalecer a confiança do mercado na capacidade do Nubank de ingressar em novos mercados geográficos com sucesso.

O Itaú pondera os riscos de valorização (upside) e desvalorização (downside) no México. A carteira de crédito, partindo de uma base baixa, apresenta potencial de crescimento, mas o banco precisa comprovar sua capacidade de expansão no país.

No Brasil, o Itaú considera o comportamento do mercado de trabalho, as discussões sobre as taxas de intercâmbio de cartão de crédito e o ciclo de crédito como fatores que podem influenciar o desempenho das ações em ambas as direções.

O BTG acredita que o Nubank pode se beneficiar do aumento das transferências governamentais e programas sociais em 2026, bem como da possível isenção de imposto de renda para pessoas físicas com renda de até R$ 5 mil.

Em relação à avaliação (valuation), os analistas de ambos os bancos concordam que o preço das ações do Nubank parece atrativo. O BTG ressalta que não é simples estabelecer um valuation preciso para o Nubank, considerando seu perfil de alto crescimento, o estágio inicial de sua expansão internacional e sua forte concentração no mercado de massa brasileiro.

O banco está sendo negociado a um múltiplo P/L (preço/lucro) de 19 vezes para 2026, um número considerado razoável pelo BTG, que parece atribuir pouco valor a novos produtos e à expansão geográfica. Em 2025, a ação do Nubank já subiu 25%, embora tenha recuado 8% em um ano. Atualmente, o valor de mercado do banco é de US$ 64 bilhões.

Via Brazil Journal

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.