Aumento de preços nos EUA devido às tarifas de importação

Conheça como as tarifas de importação impactam produtos de grandes marcas nos EUA, refletindo no bolso do consumidor.
21/08/2025 às 11:34 | Atualizado há 5 dias
Aumento de preços EUA
Tarifas de importação afetam grandes marcas e o preço final para o consumidor nos EUA. (Imagem/Reprodução: Exame)

O impacto das tarifas de importação dos EUA segue reverberando na economia. Empresas como Adidas, Nike e Volkswagen anunciaram aumentos de preços. Essas mudanças são resultado das altas tarifas, que afetam diretamente o custo de produção e o consumidor final.

Dados recentes mostram que a Adidas pode ter prejuízos significativos, enquanto a Nike estima um custo adicional de US$ 1 bilhão. Montadoras também estão se ajustando, com a Ford e a Volkswagen considerando ajustes de preços para lidar com as tarifas. Esses aumentos podem impactar o acesso a produtos variados no mercado.

Além de roupas e automóveis, o setor de luxo altera seus preços. A Ferrari e a Hermès já implementaram aumentos significativos. A atual situação faz com que os consumidores fiquem atentos às futuras mudanças de preços, que prometem impactar suas compras do dia a dia e suas finanças.

O impacto das tarifas de importação, estabelecidas pela administração do ex-presidente Donald Trump, continua a fazer ondas na economia dos Estados Unidos. Recentemente, empresas de grande porte como a Adidas, Nike, Ford, Volkswagen, Hermès e Walmart anunciaram que os preços de seus produtos sofrerão aumento de preços EUA, resultando em um efeito cascata no bolso do consumidor.

Esse movimento surge após as divulgações de perdas financeiras significativas. Por exemplo, a Adidas reportou prejuízos de dezenas de milhões de euros apenas no segundo trimestre deste ano, além de uma previsão de custo adicional de €200 milhões até dezembro. As tarifas que impactarão a produção da marca, especificamente no Vietnã e na Indonésia, são de 20% e 19%, respectivamente, o que gera incertezas quanto ao efeito nas vendas.

De forma semelhante, a Nike pretende realizar ajustes de preços para lidar com um custo extra estimado em US$ 1 bilhão relacionado a essas tarifas no próximo ano fiscal. O CFO da companhia, Matthew Friend, apontou que as tarifas são um desafio considerável e esperam que os aumentos de preços sejam implementados até o final de setembro.

As montadoras também não ficam atrás. A Ford, que já havia aumentado os preços de alguns modelos no México, planeja novas altas caso não consiga uma isenção temporária das tarifas. A Volkswagen, por sua vez, aplicará uma cobrança de importação nos veículos fabricados fora dos EUA, uma decisão que afetará diretamente os preços praticados no mercado americano.

No setor de luxo, a Ferrari aumentou os preços de determinados modelos importados em até 10% desde abril, influenciada pelas tarifas sobre carros da União Europeia. Já a Hermès tomou a decisão de elevar seus preços em maio, indicando que essa medida foi necessária para lidar com os custos decorrentes das tarifas.

Walmart e Macy’s também confirmaram que as tarifas impactam negativamente os preços, com o CEO do Walmart, Doug McMillon, afirmando que, mesmo com ajustes menores, as tarifas resultam em preços mais elevados. A Macy’s, por sua vez, reduziu suas expectativas de lucro para 2025, já que os preços altos e a diminuição da disposição dos consumidores para gastos têm gerado preocupação.

Adicionalmente, a gigante dos videogames Nintendo não planeja aumentar o preço do novo console Switch 2 com as tarifas, mas já teve que encarecer modelos anteriores e acessórios devido a “condições de mercado”.

Com tantas empresas se ajustando a esse cenário de tarifas, é fundamental que consumidores fiquem atentos às mudanças que afetarão tanto o seu bolso quanto as opções de compra disponíveis. O impacto será sentido em produtos que vão desde roupas até carros de luxo, com os reais efeitos dessas alterações ainda se revelando no futuro.

Via Exame

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.