China intensifica controle sobre mineração de terras raras

Medidas da China afetam a mineração de terras raras e o mercado tecnológico.
22/08/2025 às 19:01 | Atualizado há 1 mês
Controle de terras raras
Regras do Ministério valem para terras raras nacionais e importadas para refino. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

A China reforçou seu controle sobre a mineração de terras raras ao implementar novas regras que afetam tanto as extrações locais quanto as importações. O objetivo, segundo autoridades, é fortalecer o domínio no setor, essencial para as tecnologias avançadas. Com a expectativa de maiores exigências, as operações devem obter licenças do governo.

As empresas que lidam com esses minerais devem seguir cotas específicas e relatar os volumes manipulados. O não cumprimento pode resultar em sanções e redução das cotas. As mudanças surgem em resposta às restrições dos EUA ao acesso de tecnologias, sinalizando um movimento estratégico por parte da China no cenário global de suprimentos.

Além de aumentar as exigências de licenciamento e fiscalização, as novas regulamentações da China visam estabelecer padrões ambientais mais rigorosos. O país processa cerca de 90% da produção mundial de terras raras e fornece quase 70% do mercado nos EUA. Essas ações indicam a intenção da China de consolidar ainda mais seu papel no fornecimento global desse recurso.
A China fortaleceu seu controle de terras raras ao implementar novas medidas que regem a mineração e o processamento desses elementos. Essas regras, que afetam tanto os materiais extraídos localmente quanto os importados para refino, foram anunciadas pelo Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação. O objetivo é consolidar o domínio chinês no setor de terras raras, essenciais para diversas tecnologias avançadas.

As empresas que lidam com esses minerais deverão seguir cotas específicas e obter aprovação governamental para suas operações. Além disso, terão que reportar precisamente os volumes de produtos manuseados. O não cumprimento dessas diretrizes pode resultar em sanções legais e redução das cotas de produção.

Essa ação da China responde às restrições impostas pelos EUA ao acesso chinês a tecnologias de ponta. Apesar de não serem escassos, os 17 elementos classificados como terras raras, incluindo germânio, gálio e titânio, apresentam desafios na mineração devido à sua baixa concentração viável.

Em abril, após a imposição de tarifas pelo governo Trump, a China já havia começado a exigir licenças para sete minerais adicionais. Na época, a justificativa era a defesa da segurança nacional e compromissos de não proliferação, gerando preocupações sobre a disponibilidade desses insumos nos EUA e em outros países.

Após algumas concessões dos EUA em relação a softwares de chips e motores a jato, a China acelerou a aprovação de exportações. No entanto, também intensificou a repressão ao contrabando, reforçando seu esforço para manter o controle de terras raras. A China domina o setor, processando cerca de 90% da produção global e detendo metade das reservas conhecidas.

A China, com seu domínio sobre as tecnologias de refino, fornece 70% das terras raras utilizadas pelos Estados Unidos. As novas regulamentações ampliam as exigências de licenciamento, centralizam a fiscalização e estabelecem padrões ambientais mais rigorosos.

Essas medidas indicam que a China busca consolidar ainda mais seu papel no mercado global de terras raras. Ao fortalecer o controle de terras raras, o país se posiciona como um player estratégico na cadeia de suprimentos de alta tecnologia.

Via InfoMoney

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.