Correios internacionais suspenderam entregas para os EUA

Correios de vários países suspenderam remessas para os EUA devido a novas tarifas.
23/08/2025 às 18:01 | Atualizado há 4 dias
Suspensão de encomendas para os EUA
Empresas enfrentam desafios com novas regras para pacotes de baixo valor. (Imagem/Reprodução: Investnews)

A suspensão de encomendas para os EUA tem gerado grande repercussão entre os serviços postais internacionais. Essa medida, que começa a valer em 29 de agosto, ocorre devido à confusão em relação ao processamento de pacotes de baixo valor que perderão a isenção de impostos. Com a nova regulamentação, os envios internacionais enfrentarão tarifas e normas alfandegárias restritivas.

O impacto da mudança é significativo, já que aproximadamente 4 milhões de remessas diárias eram beneficiadas com a isenção de impostos. Países da Ásia, como Coreia do Sul e Japão, ajustam seus serviços e alertam sobre possíveis atrasos. Na Europa, nações como Noruega e Alemanha já suspenderam suas entregas, preocupadas com as novas exigências de envio.

A tensão gerada pela falta de clareza nas regras aduaneiras tem levado a um frenesi global nas políticas de remessa. Correios em todo o mundo, incluindo Austrália e Reino Unido, estão buscando soluções para minimizar os impactos. As incertezas persistem, e os serviços postais se esforçam para garantir a conformidade com as novas normas de importação.
“`html

A Suspensão de encomendas para os EUA por diversos serviços postais internacionais está gerando grande repercussão. A medida foi motivada pela incerteza em relação ao processamento de milhões de pacotes de baixo valor, que em breve perderão a isenção de impostos.

Essa mudança, que entra em vigor em 29 de agosto, foi determinada pelo então presidente americano Donald Trump e impacta diretamente o comércio eletrônico. A isenção de de minimis, que beneficiava cerca de 4 milhões de encomendas diárias, será encerrada.

Com a nova regulamentação, mercadorias enviadas de outros países estarão sujeitas a tarifas e às normas da Alfândega e Proteção de Fronteiriça dos EUA (CBP). Apenas presentes com valor inferior a US$ 100 continuarão isentos de impostos, segundo informações da Casa Branca.

A falta de clareza por parte das autoridades americanas sobre a cobrança de impostos e o envio de dados necessários tem levado empresas do setor postal a suspenderem seus serviços para os EUA. Na Ásia, o Korea Post já suspendeu a aceitação de encomendas aéreas e alguns serviços de correio expresso, mantendo apenas os serviços premium operados por transportadoras privadas, sujeitos a taxas alfandegárias.

O SingPost, de Singapura, também suspendeu os serviços padrão para remessas comerciais para os EUA, mantendo o serviço expresso Speedpost para clientes individuais e o serviço internacional direto para clientes corporativos. O Japão também emitiu alertas sobre possíveis atrasos ou devoluções de encomendas devido às mudanças, prometendo divulgar mais informações assim que disponíveis.

Na Europa, os serviços postais também estão se adaptando à nova realidade, com vários países suspendendo remessas. Os correios da Noruega e da Finlândia já anunciaram que suas paralisações começaram no dia 26 de agosto. A Deutsche Post e a DHL Parcel, da Alemanha, suspenderam temporariamente a aceitação e o transporte de encomendas de clientes empresariais pela rede postal para os EUA, mantendo o serviço DHL Express disponível.

A DHL expressou preocupação em um comunicado, mencionando que “as principais questões permanecem sem solução, especialmente sobre como e por quem os direitos aduaneiros serão cobrados no futuro, quais dados adicionais serão exigidos e como a transmissão de dados para a Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA será realizada”.

A República Checa também interrompeu as encomendas com destino aos EUA, enquanto o provedor postal da Áustria não aceita mais estas encomendas desde 25 de agosto. A Bpost, da Bélgica, também suspendeu as remessas devido à incerteza regulatória. O Royal Mail, do Reino Unido, planeja uma breve suspensão para clientes de contas comerciais para implementar um sistema revisado para lidar com as novas tarifas.

O Australia Post suspendeu temporariamente as entregas de serviços de trânsito, que consistem em um pequeno número de itens de países terceiros enviados da Austrália para os EUA, mas as entregas diretas regulares entre os dois países não serão afetadas. A Lufthansa Cargo também informou que não aceitará mais remessas postais aéreas para os EUA a partir de 25 de agosto, embora cargas gerais e de outros tipos não sejam afetadas.

Segundo um funcionário do governo Trump, não há planos para adiar o prazo de 29 de agosto. A autoridade informou que o CBP enviou um memorando com esclarecimentos sobre a medida aos operadores postais estrangeiros. A FedEx, por sua vez, afirmou que não foi afetada pelas decisões das operadoras postais.

Diante desse cenário de incertezas e mudanças nas políticas de importação dos EUA, os serviços postais ao redor do mundo buscam se adaptar para minimizar os impactos nas entregas e garantir a conformidade com as novas regulamentações.

Via InvestNews

“`

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.