O governo Trump está aumentando a pressão sobre a Venezuela, criando um clima de tensão que leva a especulações sobre um possível conflito militar. Recentemente, a movimentação de forças navais americanas nas proximidades da Venezuela chamou a atenção, especialmente após denúncias contra Nicolás Maduro. O presidente dos EUA descreve o governo venezuelano como um “cartel narco-terrorista”, intensificando o discurso contra o contrabando de drogas.
A Casa Branca autorizou o uso da força militar contra cartéis da América Latina, e a movimentação de navios de guerra na região é uma resposta a essa política. Maduro, por sua vez, mobilizou sua milícia para proteger o território, prometendo defender a soberania venezuelana. Com destróieres armados e tropas à vista, a pressão militar dos EUA se torna cada vez mais evidente.
Analistas alertam sobre as profundas implicações dessa nova estratégia. A operação pode representar um risco de escalada da violência, sem garantias de eficácia. O futuro da relação entre EUA e Venezuela permanece incerto, com a possibilidade de um confronto direto se aproximando cada vez mais.
O governo de Donald Trump aumentou a tensão com a Venezuela e seu presidente, Nicolás Maduro, criando um cenário que pode levar a um conflito militar. Há um deslocamento de forças navais dos EUA perto das águas venezuelanas, enquanto a Casa Branca intensifica o discurso contra os cartéis de drogas, acusando Maduro de liderar um “cartel terrorista”. Será que o objetivo é só impedir o contrabando ou invadir a Venezuela para derrubar o governo?
No mês anterior, Trump assinou uma diretriz secreta, autorizando o Pentágono a usar a força militar contra cartéis da América Latina, classificados como “organizações terroristas”. Simultaneamente, o governo declarou que um grupo criminoso venezuelano era um cartel terrorista liderado por Maduro, reiterando a ilegitimidade de seu governo.
Desde então, o Pentágono tem enviado navios de guerra para o sul do Caribe. Em resposta, Maduro anunciou o envio de 4,5 milhões de membros da milícia para defender “nossos mares, céus e terras” contra qualquer ataque.
Questionada sobre a movimentação e os planos de enviar tropas à Venezuela, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, chamou Maduro de ilegítimo e lembrou que ele foi acusado de tráfico de drogas nos EUA. Segundo ela, o presidente está pronto para usar todos os recursos americanos para impedir que drogas entrem no país e levar os responsáveis à justiça, afirmando que o regime de Maduro é um cartel narco-terrorista ilegítimo.
O Pentágono evitou detalhes, mas afirmou que os cartéis espalharam violência e inundaram os EUA com drogas letais e criminosos. Oficiais disseram que três destróieres lançadores de mísseis estão a caminho da região, além do grupo anfíbio Iwo Jima, com 4.500 marinheiros, e a 22ª Unidade Expedicionária de Fuzileiros Navais, com 2.200 soldados. Aviões de vigilância P-8 e um submarino também estão sendo deslocados para invadir a Venezuela.
Os destróieres da classe Arleigh Burke, equipados com mais de 90 mísseis, podem derrubar aeronaves, submarinos e mísseis balísticos. Um oficial de defesa comentou que usar esses equipamentos contra cartéis de drogas seria como “levar um obus para uma briga de facas”.
Historicamente, a Marinha dos EUA já intercepta embarcações suspeitas em águas internacionais, sob o comando da Guarda Costeira para ter respaldo legal. O tamanho da força mobilizada e a ordem de Trump sugerem que Washington está considerando ações que vão além de operações policiais marítimas, ao cogitar **invadir a Venezuela**.
Apesar do tom de confronto, especialistas apontam que os objetivos de Trump em relação à Venezuela são contraditórios. Por um lado, ele quer usar a força contra os cartéis e derrubar Maduro, mas, por outro, precisa da cooperação de Caracas para receber de volta os imigrantes venezuelanos deportados dos EUA.
Brian Finucane, ex-advogado do Departamento de Estado especializado em leis de guerra, disse que “se os EUA procurarem um pretexto para iniciar uma guerra, isso não é autodefesa”. Trump já invocou a Alien Enemies Act, uma lei da Guerra de 1812 raramente usada, para justificar deportações de membros do cartel Tren de Aragua para uma prisão de segurança máxima em El Salvador, mas a Justiça bloqueou a medida.
Agências de inteligência dos EUA não acreditam que o governo Maduro controle diretamente o Tren de Aragua, contrariando alegações da Casa Branca. A questão jurídica é se o governo aplicará regras de guerra ou apenas dará mais poder às operações policiais, em uma possível ação para **invadir a Venezuela**.
Analistas alertam para dilemas semelhantes aos de ataques aéreos contra terroristas: como definir se um alvo tem vínculo suficiente com um cartel? Quão certeiros devem estar os militares antes de atirar? Como evitar a morte de civis?
O destino dessa operação permanece incerto dentro do governo. No entanto, o acúmulo de tropas indica que Trump pode estar levando os EUA para um confronto direto com a Venezuela.
Por ora, o futuro dessa operação permanece em segredo dentro do governo. No entanto, o acúmulo de tropas sugere que Trump pode estar à beira de um confronto direto com a Venezuela.
Via InfoMoney