A guerra na Ucrânia trouxe à tona o uso de mísseis hipersônicos, destacando a tensão geopolítica entre potências. A Rússia demonstrou a eficácia de seu arsenal, especialmente com o míssil Avangard, capaz de atravessar a Europa rapidamente. Essa situação pressionou os EUA, que, apesar dos altos investimentos, estão atrás de Rússia e China na corrida por tecnologias avançadas.
Atualmente, os dois países estão à frente no desenvolvimento de sistemas hipersônicos, reforçando sua parceria militar. Exércitos conjuntos e a troca de tecnologias têm permitido que esse avanço seja significativo. A velocidade e manobrabilidade desses mísseis dificultam novos sistemas de defesa, alterando o equilíbrio de poder global.
Os EUA buscam desenvolver armamentos avançados, como o míssil “Dark Eagle”, em uma tentativa de reduzir essa desvantagem. O impacto dos mísseis hipersônicos vai além das fronteiras, influenciando novas estratégias de defesa e segurança no cenário mundial.
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A guerra na Ucrânia, que se arrasta por mais de três anos, escancarou tensões geopolíticas e trouxe à tona o uso de Mísseis hipersônicos na guerra. Vladimir Putin transformou o conflito num campo de testes para novas armas, com destaque para o míssil Avangard, uma das armas mais poderosas da Rússia.
O Avangard, com sua velocidade de 3,2 quilômetros por segundo, consegue cruzar a Europa em cerca de 21 minutos. O Kremlin o classifica como “imparável” devido ao seu poder destrutivo e velocidade. Além do Avangard, a Rússia também utilizou o míssil balístico de alcance intermediário “Oreshnik” contra a Ucrânia, demonstrando a diversidade de seu arsenal.
Apesar dos altos investimentos militares dos Estados Unidos, a utilização desses armamentos no conflito demonstra que o país está atrás na corrida pelo desenvolvimento de mísseis hipersônicos. A Rússia e a China têm demonstrado avanços significativos nessa área, superando a capacidade dos EUA no desenvolvimento de armas de alta tecnologia.
Desde o fim da União Soviética, China e Rússia têm fortalecido sua relação, especialmente no setor militar. Vladimir Putin e Xi Jinping já demonstraram a intenção de aprofundar ainda mais essa cooperação. Os dois países compartilham interesses estratégicos, como a oposição à expansão da OTAN e à influência dos EUA na Ásia Central.
Essa aliança se manifesta em exercícios militares conjuntos e na transferência de tecnologias, incluindo sistemas de mísseis, radares e componentes aeronáuticos. Essa parceria tem sido fundamental para o desenvolvimento e utilização de mísseis hipersônicos no conflito ucraniano.
Durante décadas, os Estados Unidos lideraram o avanço tecnológico e militar. Entretanto, o país não acompanhou o ritmo de Rússia e China na última década, especialmente no desenvolvimento de mísseis hipersônicos. A Rússia foi a primeira a empregar mísseis hipersônicos em combate, mas a tecnologia chinesa já ultrapassou a russa.
Em 1º de outubro de 2019, o Exército de Libertação Popular da China apresentou seu arsenal de mísseis hipersônicos Dongfeng. Atualmente, a China lidera o desenvolvimento da tecnologia hipersônica, seguida pela Rússia, com os EUA buscando alcançar os líderes dessa corrida. França, Japão e Israel também investem no setor, mas ainda estão distantes dos líderes.
A tecnologia hipersônica não é algo novo. O primeiro veículo a ultrapassar Mach 5 foi o foguete Project Bumper, lançado pelos EUA em 1949. A principal diferença entre mísseis hipersônicos e outros está na trajetória e capacidade de manobra. Mísseis balísticos intercontinentais (ICBMs) atingem velocidades superiores a 6.100 km/h, mas seguem uma trajetória previsível, facilitando a interceptação.
Os mísseis hipersônicos, por outro lado, alcançam cerca de 6.200 km/h, voando em altitudes mais baixas e com trajetórias difíceis de prever. Ao contrário dos ICBMs, eles são manobráveis, alterando o curso durante o voo, dificultando o rastreamento e a interceptação.
De acordo com William Freer, do Council on Geostrategy, Rússia e China estão à frente porque “decidiram investir muito dinheiro nesses programas há vários anos”. Em outubro de 2021, Mark Milley, chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA, afirmou que a China estava próxima de um “momento Sputnik” ao testar um míssil hipersônico que entrou em órbita baixa, circundou a Terra e seguiu para o alvo.
Atualmente, os EUA buscam reduzir a distância com o desenvolvimento de armas como o míssil “Dark Eagle”, enquanto a China colhe os resultados de anos de investimentos em tecnologia e armamentos. Enquanto a Rússia já emprega esses armamentos em combate, o programa norte-americano de mísseis hipersônicos ainda enfrenta desafios.
O desenvolvimento e uso de mísseis hipersônicos têm um impacto significativo na estratégia militar global, alterando o equilíbrio de poder e aumentando a complexidade da defesa. As características únicas dessas armas, como alta velocidade e manobrabilidade, representam um desafio para os sistemas de defesa existentes e exigem novas abordagens para garantir a segurança.
Via Money Times
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