Pré-mercado: Expectativas dos Investidores para Juros nos EUA

Investidores avaliam novas expectativas sobre os juros dos EUA e suas implicações econômicas.
25/08/2025 às 08:42 | Atualizado há 1 dia
Juros dos EUA
Fique atento às notícias que podem impactar os preços dos ativos hoje, 25 de agosto. (Imagem/Reprodução: Forbes)

Os investidores estão alterando suas estratégias devido às novas previsões sobre os juros dos EUA. Jerome Powell, do Federal Reserve, indicou a possibilidade de um corte de 0,25 ponto percentual na próxima reunião, o que gerou discussões intensas no mercado. O discurso de Powell fez com que as probabilidades de corte, antes em 92%, recuassem para 84,7%, revelando uma pequena mudança nas expectativas.

A taxa de juros permanece inalterada entre 4,25% e 4,50% desde dezembro de 2024, como resposta à inflação persistente acima da meta de 2%. O arrefecimento do mercado de trabalho, com a criação de apenas 73 mil novas vagas em julho, contribuiu para essa possível mudança na política monetária. As revisões no emprego também apontam para uma desaceleração do mercado, impactando o cenário econômico.

Os contratos futuros estão em queda no pré-mercado, com investidores realizando lucros. Eles aguardam a publicação de indicadores como o índice Personal Consumption Expenditure (PCE) de julho, crucial para as decisões do FOMC. No Brasil, dados como o Relatório Focus e a Confiança do Consumidor FGV também são relevantes para o desempenho econômico a ser analisado.
Os investidores estão recalculando suas estratégias frente às novas perspectivas dos juros dos EUA. Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (FED), sinalizou uma possível redução de 0,25 ponto percentual na reunião de setembro do Federal Open Market Committee (Fomc), o que gerou intensos debates e expectativas no mercado financeiro.

Apesar da expectativa de um corte nos juros dos EUA já estar presente há algumas semanas, as declarações de Powell foram interpretadas como uma confirmação. O indicador FedWatch da CME, que inicialmente apontava 92% de probabilidade de corte, recuou para 84,7% após o discurso, mostrando uma leve mudança nas apostas dos investidores.

O FED tem mantido as taxas inalteradas entre 4,25% e 4,50% ao ano desde dezembro de 2024, devido à persistência da inflação, que se mantém acima da meta de 2%. Essa postura conservadora visava conter o aumento generalizado dos preços, garantindo a estabilidade econômica a longo prazo.

O que motivou essa possível mudança de rumo na política monetária americana? Segundo Powell, o mercado de trabalho apresentou um arrefecimento mais rápido que o esperado. A diminuição nas contratações foi influenciada pelas tarifas comerciais do governo anterior e pelo endurecimento das políticas de imigração, impactando a oferta de mão-de-obra, principalmente no setor de serviços.

Em julho, o relatório de empregos não agrícolas revelou a criação de apenas 73 mil vagas nos EUA, um resultado bem abaixo das projeções, que variavam entre 110 mil e 115 mil. A taxa de desemprego subiu para 4,2%, e os rendimentos médios por hora tiveram um aumento de 0,3% em relação ao mês anterior.

O Bureau of Labor Statistics (BLS) também divulgou uma revisão para baixo nos dados de empregos de maio e junho, totalizando 258 mil vagas a menos do que a estimativa inicial. Essas revisões e os dados de julho indicam uma desaceleração do mercado de trabalho, influenciando a percepção do FED sobre a necessidade de manter juros elevados.

Diante desse cenário, a semana se inicia com uma queda nos contratos futuros dos índices americanos no pré-mercado. Os investidores estão realizando lucros após a alta da semana anterior, enquanto aguardam a divulgação de importantes indicadores econômicos.

Um dos indicadores mais aguardados é o índice de inflação Personal Consumption Expenditure (PCE) de julho, divulgado no dia 29 de agosto. Conhecido como a “inflação do FED”, esse índice é crucial para as decisões do Fomc sobre a política monetária.

No Brasil, o Relatório Focus e a Confiança do Consumidor FGV de agosto são os principais indicadores a serem observados. Nos Estados Unidos, a venda de casas novas em julho também será um dado relevante para avaliar o desempenho do mercado imobiliário.

A análise desses indicadores será essencial para entender o futuro dos juros dos EUA e suas consequências no mercado global. A atenção dos investidores está voltada para os próximos passos do FED e como eles irão moldar o cenário econômico.

Via Forbes Brasil

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.