Cantora britânica é surpreendida por álbum gerado por IA

Emily Portman encontra álbum de IA atribuído a ela e alerta fãs sobre fraudes.
26/08/2025 às 09:03 | Atualizado há 4 horas
Música gerada por IA
Emily Portman é surpreendida por fãs que encontram seu novo disco no Spotify. (Imagem/Reprodução: Tecmundo)

A cantora britânica Emily Portman se deparou com uma situação inesperada ao receber congratulações de fãs por um álbum que não lançou. O disco, intitulado ‘Orca’, foi criado por inteligência artificial e lançado em plataformas de streaming. Emily analisou as faixas, que lembram seu estilo, e expressou preocupação com o título e a falta de emotividade nas músicas.

As composições utilizando IA foram desenvolvidas com base em seu trabalho real, gerando similaridades que confundiram alguns ouvintes. A artista expressou estranhamento sobre a precisão das canções e iniciou ação legal para retirar o material das plataformas. Ela desconhece a origem do álbum e mencionou um segundo disco gerado por IA de qualidade inferior.

Esse caso levanta questões sobre direitos autorais na era digital e a autenticidade musical. Especialistas mencionam um aumento na prática de fraudes com músicas geradas por IA, comprometendo a reputação de artistas e explorando algoritmos de streaming para lucro. O incidente com Emily serve como alerta sobre a vigilância necessária para proteger a integridade da indústria musical.
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A cantora britânica Emily Portman vivenciou uma situação inusitada ao ser congratulada por fãs por um álbum recém-lançado em plataformas de streaming. A surpresa foi que ela não havia lançado nenhum trabalho novo, descobrindo que música gerada por IA havia sido criada em seu nome.

O álbum, intitulado “Orca”, foi disponibilizado em plataformas populares como Spotify e iTunes. A obra é composta por 10 faixas criadas por inteligência artificial, com um estilo vocal notavelmente semelhante ao da artista.

Após receber os links do álbum de seus fãs, Emily Portman ouviu o material que lhe era atribuído. Entre as faixas, destacavam-se títulos como Sprig of Thyme e Silent Hearth, que a cantora descreveu como incrivelmente próximos do tipo de música que ela mesma produziria.

Segundo a cantora folk, as músicas foram criadas utilizando suas faixas reais como base, dada a similaridade impressionante. Além da voz e do estilo de canto, a instrumentação também se assemelha muito às composições de Emily, confundindo alguns de seus ouvintes.

Apesar da qualidade das músicas, Portman notou que elas carecem de elementos humanos essenciais, resultando em um som excessivamente perfeito e sem emoção. Ela mencionou que não conseguiria cantar com tamanha precisão e que nem sequer aspirava a isso.

Portman, que é creditada como artista, compositora e detentora dos direitos autorais do álbum gerado por IA, afirma desconhecer a identidade de quem produziu e publicou o material nas plataformas de streaming, bem como suas motivações. Ela também negou conhecer o produtor Freddie Howells, mencionado na gravação.

Pouco tempo após a descoberta do álbum “Orca”, a cantora encontrou outro disco feito por IA em seu nome, porém com uma qualidade inferior. Imediatamente, ela iniciou um processo legal para solicitar a remoção do material das plataformas e alertou seus fãs sobre a existência de conteúdos falsos.

A prática de divulgar músicas criadas por IA e atribuí-las falsamente a artistas tem se tornado cada vez mais comum. O produtor e compositor Josh Kaufman, que trabalhou no álbum “Folklore” de Taylor Swift, enfrentou um problema similar ao de Emily Portman.

Outros artistas americanos também tiveram músicas falsas publicadas em seus nomes, aparentemente pela mesma fonte e creditadas a gravadoras supostamente localizadas na Indonésia. Até mesmo cantores falecidos, como Blaze Folei, que morreu em 1989, foram vítimas desse tipo de fraude.

Especialistas acreditam que fraudadores estão explorando os algoritmos de streaming para impulsionar a divulgação de faixas criadas por bots, obtendo centenas de milhares de reproduções e lucrando consideravelmente. No caso da cantora britânica, os royalties renderam apenas US$ 6, devido ao baixo número de streams no Spotify antes da remoção do álbum.

Este incidente levanta questões sobre a autenticidade na música e os desafios legais que surgem com a música gerada por IA. A situação de Emily Portman serve como um alerta sobre a necessidade de vigilância e proteção dos direitos autorais em um cenário musical cada vez mais influenciado pela tecnologia.

Via TecMundo
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Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.