Mini-índice registra leve queda e dólar futuro sobe nesta terça-feira

Nesta terça-feira, mini-índice e dólar futuro apresentam movimentos opostos. Veja o que impactou esses resultados.
26/08/2025 às 19:01 | Atualizado há 4 semanas
Ibovespa futuro em queda
Ibovespa futuro cai com IPCA-15 acima do esperado e aumento de pressões inflacionárias. (Imagem/Reprodução: Moneytimes)

O Ibovespa futuro apresentou uma leve queda nesta terça-feira, fechando em 140.425,39 pontos. Essa movimentação foi influenciada pelos dados do IPCA-15, que vieram acima do esperado, e pelas tensões políticas nos Estados Unidos. Enquanto isso, o dólar futuro subiu 0,42%, cotado a R$ 5,443, refletindo um aumento da aversão ao risco entre investidores.

As informações do IPCA-15 de agosto também tiveram impacto significativo no mercado. Embora a deflação de 0,14% represente uma queda, essa taxa foi menor do que a esperada pelo mercado, que previa um recuo de 0,21%. O Itaú BBA ressaltou que alguns itens experimentaram alta, como energia elétrica e alimentação, mas a previsão de inflação para o futuro permanece estável.

Nos Estados Unidos, a alta das ações em Wall Street e as incertezas políticas ligadas ao Federal Reserve também impactaram o cenário da economia. A valorização do dólar gerou consequências nas commodities, afetando moedas emergentes, incluindo o real. A interação destes fatores é crucial para entender a situação econômica atual.
O Ibovespa futuro em queda marcou o fechamento do pregão desta terça-feira (26), pressionado por dados do IPCA-15, que vieram acima do esperado, e pelas tensões políticas nos Estados Unidos. O mini-índice registrou um recuo de 0,30%, fechando aos 140.425,39 pontos. Paralelamente, o dólar futuro (DOLC1) apresentou alta de 0,42%, cotado a R$ 5,443.

No cenário doméstico, a divulgação do IPCA-15 de agosto, que apresentou deflação de 0,14%, teve forte impacto nos investidores. Apesar do resultado negativo, a queda foi menor do que a projetada pelo mercado, que estimava um recuo de 0,21%, conforme levantamento do Broadcast. É importante ressaltar que essa é a primeira deflação desde julho de 2023.

O Itaú BBA avaliou que o IPCA-15 trouxe surpresas de alta em itens como energia elétrica residencial, cursos regulares, alimentação fora de casa e higiene pessoal. Contudo, o banco acredita que a prévia da inflação não altera o cenário-base, que projeta IPCA de 5,1% em 2025 e núcleos de serviços próximos a 7%. A Warren Investimentos também destacou que, mesmo com a deflação, os núcleos de serviços vieram mais fortes, o que levanta um sinal de alerta para o mercado.

Segundo Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, a grande questão agora é como o mercado irá precificar a política monetária. Existe uma percepção crescente de que a inflação está sob controle, o que poderia levar o Banco Central a antecipar cortes na taxa de juros.

Nos Estados Unidos, os principais índices de Wall Street fecharam em alta, impulsionados pela expectativa em torno do balanço da Nvidia (NVDA). As ações da fabricante de chips de inteligência artificial subiram mais de 1%. O resultado da operação na China é o foco principal, já que o país representou 13% da receita da companhia em 2023.

O ambiente político nos EUA também contribuiu para a volatilidade no mercado. O então presidente Donald Trump intensificou a pressão sobre o Federal Reserve (Fed) ao anunciar a demissão da diretora Lisa Cook, sob acusações de irregularidades em empréstimos hipotecários. Cook, por sua vez, contestou a decisão, afirmando que o presidente não tem autoridade para afastá-la e prometeu recorrer à Justiça para garantir sua permanência no cargo, gerando incertezas adicionais no cenário econômico.

Com a valorização do dólar, as commodities foram impactadas, o que afetou as moedas emergentes, como o real. Além disso, o dólar ganhou força com os dados de inflação no Brasil e o aumento da aversão a risco por parte dos investidores internacionais.

Via Money Times

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.