ByteDance avalia TikTok em mais de US$ 330 bilhões

A ByteDance avalia o TikTok em mais de US$ 330 bilhões com nova recompra de ações para funcionários.
27/08/2025 às 21:01 | Atualizado há 10 horas
Recompra de ações
ByteDance planeja recompra de ações para seus funcionários, fortalecendo a equipe. (Imagem/Reprodução: Investnews)

A ByteDance, controladora do TikTok, anunciou que está avaliando a empresa em mais de US$ 330 bilhões. Esta avaliação se dá em meio a uma nova recompra de ações, onde o valor oferecido será de US$ 200,41 por ação, refletindo um aumento de 5,5% em relação a seis meses atrás. A expectativa é que essa operação aconteça até o final do ano.\n\nNo segundo trimestre deste ano, a ByteDance registrou um faturamento de cerca de US$ 48 bilhões, um crescimento de 25% quando comparado ao ano anterior. Esse crescimento posiciona a empresa como uma das líderes mundiais em receitas de mídia social, mesmo enfrentando pressão política nos Estados Unidos para a venda de suas operações no país.\n\nO TikTok, que conta com 170 milhões de usuários nos EUA, pode passar por uma reestruturação caso a venda de seus ativos se concretize. A operação deverá envolver um consórcio de investidores norte-americanos, com a ByteDance mantendo uma participação minoritária. A recompra de ações é vista como uma estratégia para fortalecer a posição da empresa frente a desafios regulatórios.
A ByteDance, controladora do TikTok, prepara uma nova recompra de ações de seus funcionários, avaliando a empresa em mais de US$ 330 bilhões. A gigante chinesa de tecnologia oferecerá US$ 200,41 por ação, um aumento de 5,5% em relação aos US$ 189,90 oferecidos há seis meses, quando a ByteDance foi avaliada em aproximadamente US$ 315 bilhões. A expectativa é que a recompra de ações seja lançada até o final do ano.

A operação ocorre em um momento de consolidação da ByteDance como a maior empresa de mídia social do mundo em receita, com um aumento de 25% no faturamento do segundo trimestre em relação ao ano anterior. Esse crescimento impulsionou a receita do segundo trimestre para cerca de US$ 48 bilhões.

A maior parte desse montante provém do mercado chinês, enquanto a empresa enfrenta pressão política de Washington para vender suas operações nos Estados Unidos. No primeiro trimestre, a receita da ByteDance foi de aproximadamente US$ 43 bilhões, superando os US$ 42,3 bilhões da Meta, proprietária do Facebook e Instagram.

Ambas as empresas registraram um crescimento de receita superior a 20% no segundo trimestre, impulsionado pela forte demanda por publicidade. A ByteDance é amplamente reconhecida como uma das líderes em inteligência artificial na China, investindo significativamente na aquisição de chips Nvidia e na construção de infraestrutura relacionada à IA, bem como no desenvolvimento de seus próprios modelos.

Apesar de ter superado a Meta em receita, a avaliação da ByteDance permanece inferior a um quinto do valor de mercado da Meta, que é de cerca de US$ 1,9 trilhão. Analistas atribuem essa diferença aos riscos políticos e regulatórios nos EUA. A ByteDance enfrenta intensa pressão em Washington, onde parlamentares expressaram preocupações de segurança nacional em relação ao controle chinês da empresa.

No ano anterior, o Congresso dos EUA aprovou uma lei exigindo que a ByteDance se desfaça dos ativos do TikTok nos EUA até 19 de janeiro de 2025, sob pena de enfrentar uma proibição nacional do aplicativo, que possui 170 milhões de usuários nos EUA.

Caso a venda dos negócios do TikTok nos EUA seja finalizada, espera-se que a propriedade seja de uma joint venture formada por um consórcio de investidores norte-americanos e pela ByteDance, que manterá uma participação minoritária. O consórcio inclui acionistas da ByteDance, como Susquehanna International Group, General Atlantic e KKR, além de Andreessen Horowitz.

A expectativa é que essa recompra de ações reforce a posição da ByteDance no mercado global, apesar dos desafios regulatórios e políticos enfrentados nos Estados Unidos.

Via InvestNews

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.