Déficit primário do governo central atinge R$ 59,1 bi em julho

Em julho, o governo central teve um déficit primário de R$ 59,1 bilhões, o segundo pior resultado para o mês desde 1997.
28/08/2025 às 16:21 | Atualizado há 4 semanas
Déficit primário em julho
Receita líquida cresce 3,9% e impulsiona o desempenho do mês. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

O governo central brasileiro divulgou que o déficit primário em julho foi de R$ 59,124 bilhões. Este número representa um aumento significativo em relação ao mesmo período do ano anterior, quando o déficit foi de R$ 8,868 bilhões. O principal fator que contribuiu para essa situação foram mudanças no calendário de pagamento de precatórios.

O dado mostrou que este é o segundo pior desempenho para o mês desde 1997. Apenas em julho de 2020, durante o pico da pandemia, o déficit foi superior, alcançando R$ 120,6 bilhões. O aumento nas despesas totais foi um dos fatores que influenciaram esse resultado, repercutindo nas contas públicas.

Além disso, houve crescimento nas receitas, com destaque para a arrecadação de impostos. No entanto, o alto número de despesas com benefícios previdenciários e outros itens continua a pressionar as contas do governo. A situação fiscal do país permanece desafiadora, exigindo atenção e medidas eficazes.
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O governo central do Brasil apresentou um déficit primário em julho, atingindo R$ 59,124 bilhões, conforme divulgado pelo Tesouro Nacional. Este resultado representa um aumento significativo em relação ao déficit de R$ 8,868 bilhões registrado no mesmo período de 2024, impactado principalmente por mudanças no calendário de pagamentos de precatórios. Entenda os detalhes desse resultado e seus principais componentes.

O resultado negativo de julho configura o segundo pior desempenho para o mês desde o início da série histórica em 1997. O valor só não é mais expressivo que o registrado em julho de 2020, auge da pandemia de Covid-19, quando o déficit alcançou R$ 120,6 bilhões, já corrigido pela inflação.

A performance do último mês reflete um aumento de 3,9% na receita líquida, excluindo transferências para governos regionais, combinado com um aumento real de 28,3% nas despesas totais em comparação com julho de 2024.

No que se refere às despesas, o aumento é resultado de maiores desembolsos em benefícios previdenciários, com um crescimento de 26,8%, e em pessoal e encargos sociais, que subiram 17,9%. Esse incremento foi influenciado pelo adiamento para julho do pagamento de precatórios, que no ano anterior havia sido realizado no primeiro semestre.

Por outro lado, houve uma redução de 61,4% nos gastos com créditos extraordinários, representando uma economia de R$ 2,1 bilhões, e um recuo de 19,3% nas despesas discricionárias, com uma diminuição de R$ 4,2 bilhões.

O desempenho das receitas foi impulsionado por um aumento real de 5,8% na arrecadação administrada pela Receita Federal, que inclui a coleta de impostos de competência da União. Dentre os principais ganhos, destacam-se um aumento de 7% no Imposto de Renda, resultando em R$ 4,8 bilhões acima do observado em julho de 2024. Além disso, houve um crescimento de 13,6% na Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), com uma elevação de R$ 3,8 bilhões, e de 15,7% no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), um acréscimo de R$ 881 milhões, após o governo aumentar as alíquotas deste tributo.

Em contrapartida, registrou-se um recuo de 24,9% na arrecadação de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o que corresponde a uma diminuição de R$ 2,3 bilhões.

As receitas não administradas pela Receita Federal apresentaram um aumento de 0,3%, mantendo-se estáveis os ganhos com concessões e dividendos.

O resultado do déficit primário em julho, divulgado pelo Tesouro Nacional, reflete um cenário fiscal complexo, com aumentos tanto nas receitas quanto nas despesas. As mudanças no calendário de pagamentos de precatórios tiveram um impacto significativo, influenciando o desempenho geral das contas públicas no mês.

Via InfoMoney

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Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.