Governo central registra déficit primário de R$ 59,1 bilhões em julho

Déficit primário do governo central atinge R$ 59,1 bilhões em julho, o segundo maior desde 1997, afetando as finanças públicas.
28/08/2025 às 17:42 | Atualizado há 3 semanas
Déficit primário em julho
Receita líquida cresce 3,9% no mês, impulsionando nosso desempenho positivo. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

O governo central do Brasil anunciou um déficit primário de R$ 59,124 bilhões em julho. Este valor é significativamente maior do que o déficit de R$ 8,868 bilhões registrado no mesmo mês de 2024. De acordo com o Tesouro Nacional, o pagamento de precatórios contribuiu para esse resultado negativo, além do aumento nas despesas totais em 28,3% em relação ao ano anterior.

Este é o segundo pior resultado para o mês de julho da série histórica, apenas superado pelo déficit em julho de 2020. A pandemia de Covid-19 trouxe desafios financeiros que ainda afetam as contas públicas. As despesas com benefícios previdenciários e encargos sociais cresceram, evidenciando a necessidade urgente de um controle fiscal mais rígido para evitar novas surpresas.

Apesar do aumento na arrecadação de impostos com destaque para o Imposto de Renda e Cofins, a situação financeira do governo demanda atenção. O equilíbrio nas contas públicas é essencial para estabilizar a economia e assegurar o bem-estar da população. Estratégias efetivas de gestão fiscal são fundamentais para mitigar os impactos desse déficit.
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O governo central do Brasil apresentou um déficit primário em julho, atingindo R$ 59,124 bilhões, conforme divulgado pelo Tesouro Nacional. Este resultado representa uma queda em comparação com o mesmo período de 2024, que registrou um déficit de R$ 8,868 bilhões. A mudança no calendário de pagamentos de precatórios teve um grande impacto nesse desempenho negativo.

Este é o segundo pior resultado para o mês de julho desde 1997, superado apenas pelo déficit registrado em julho de 2020, auge da pandemia de Covid-19, quando o saldo negativo alcançou R$ 120,6 bilhões, já ajustado pela inflação. O recente déficit primário em julho levanta questões sobre as finanças públicas e as estratégias do governo para equilibrar as contas.

O desempenho de julho refletiu um aumento de 3,9% na receita líquida, excluindo transferências para governos regionais, e um aumento de 28,3% nas despesas totais em comparação com julho do ano anterior. O aumento nas despesas foi influenciado principalmente pelos maiores pagamentos de benefícios previdenciários, que subiram 26,8%, e despesas com pessoal e encargos sociais, que aumentaram 17,9%.

Este aumento foi impulsionado pelo adiamento do pagamento de precatórios para julho, enquanto no ano anterior esse pagamento havia sido realizado no primeiro semestre. Por outro lado, houve uma redução de 61,4% nos gastos com créditos extraordinários e uma diminuição de 19,3% nas despesas discricionárias. A combinação desses fatores resultou no expressivo déficit primário em julho.

As receitas do governo foram impulsionadas por um aumento real de 5,8% na arrecadação administrada pela Receita Federal, que inclui a coleta de impostos federais. Dentre os principais destaques positivos, o Imposto de Renda apresentou um aumento de 7%, representando R$ 4,8 bilhões acima do valor arrecadado em julho de 2024. A Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) também teve um incremento de 13,6%, elevando a arrecadação em R$ 3,8 bilhões.

Outro destaque positivo foi o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que cresceu 15,7%, adicionando R$ 881 milhões à arrecadação, após o governo elevar as alíquotas deste tributo. Em contrapartida, houve uma queda de 24,9% na arrecadação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), representando uma redução de R$ 2,3 bilhões. As receitas não administradas pela Receita Federal subiram 0,3%, com estabilidade nos ganhos provenientes de concessões e dividendos.

Os dados do déficit primário em julho divulgados pelo Tesouro Nacional oferecem um panorama detalhado das finanças públicas, evidenciando tanto os desafios quanto as oportunidades para o governo central. A análise das receitas e despesas revela a complexidade da gestão fiscal e a importância de estratégias eficazes para garantir a sustentabilidade das contas públicas.

Em resumo, o governo central registrou um déficit de R$ 59,124 bilhões em julho, impactado pelo pagamento de precatórios e outras despesas. Apesar do aumento na arrecadação de alguns impostos, o resultado final demonstra a necessidade de um controle rigoroso dos gastos e de medidas que impulsionem o crescimento da receita para equilibrar as contas públicas.

Via InfoMoney

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Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.