A Raízen anunciou a venda de suas usinas para o grupo Cocal, confirmando uma transação avaliada em R$ 1,325 bilhão. O negócio envolve as usinas Passa Tempo e Rio Brilhante, no Mato Grosso do Sul, com capacidade de moagem de 6,2 milhões de toneladas.
Essa negociação é a maior desde que a Raízen iniciou uma reestruturação que visa reduzir uma dívida próxima de R$ 40 bilhões. A venda inclui não apenas as usinas, mas também a transferência de cana e contratos com fornecedores, destacando a estratégia da empresa para otimizar operações e ativos.
A Cocal, que já opera usinas em São Paulo, poderá desembolsar até R$ 1,543 bilhões, considerando custos adicionais com manutenção. Essa venda é parte do plano de desinvestimentos da Raízen, que já realizou outras vendas relevantes nos últimos meses.
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A venda de usinas Raízen para a Cocal, um grupo do setor sucroalcooleiro de Presidente Prudente, acaba de ser confirmada. O negócio, avaliado em R$ 1,325 bilhão, abrange as unidades Passa Tempo e Rio Brilhante, localizadas no Mato Grosso do Sul. A transação, que envolve uma capacidade de moagem de 6,2 milhões de toneladas, será finalizada com o pagamento em dinheiro.
Essa negociação representa a maior venda de usinas Raízen desde que a empresa anunciou sua nova estratégia. A Raízen busca otimizar seu portfólio de ativos, simplificar suas operações e aumentar sua eficiência. O objetivo principal dessa reestruturação é reduzir uma dívida que se aproxima de R$ 40 bilhões.
O valor acordado com a Cocal, cerca de 44 dólares por tonelada de moagem, está alinhado com os valores praticados em outras negociações recentes no mercado. A Raízen comunicou que a transação inclui não apenas as duas unidades industriais, mas também a transferência da cana própria e dos contratos com fornecedores vinculados a essas usinas.
Esta é a quarta etapa do plano de desinvestimentos da Raízen. Anteriormente, a empresa já havia vendido a usina Leme por R$ 425 milhões. Em julho, a Raízen desativou a usina Santa Elisa e vendeu seus ativos de cana para a São Martinho por R$ 242 milhões. A usina MB, em Morro Agudo, também teve suas atividades encerradas, com a venda dos canaviais programada para o final de 2024.
A Cocal, pertencente à família Garms, opera duas unidades, uma em Paraguaçu Paulista e outra em Narandiba, ambas no interior de São Paulo. Juntas, essas unidades somam uma capacidade de moagem de 10 milhões de toneladas. Na última safra, o grupo produziu 8,7 milhões de toneladas, que foram transformadas em 720 mil toneladas de açúcar e 400 milhões de litros de etanol.
O montante total que a Cocal poderá desembolsar pelas unidades da Raízen pode chegar a R$ 1,543 bilhão, caso a vendedora arque com os custos de entressafra, estimados em R$ 218 milhões. Esse valor adicional seria pago como reembolso à Raízen, caso a empresa realize os serviços de manutenção e preparação das usinas para a próxima safra.
A XP atuou como assessora da Cocal nesta transação. O Itaú BBA foi o responsável por assessorar a Raízen na negociação.
Após a conclusão de cada safra, geralmente em novembro, as usinas de cana entram em um período de manutenção intensiva, sendo praticamente desmontadas para prepará-las para o próximo ciclo de produção. Esses custos de manutenção são considerados capex, representando um investimento essencial para garantir a operacionalidade futura das unidades.
Essa venda de usinas Raízen representa um passo importante na estratégia da companhia de otimizar seus ativos e focar em áreas de maior rentabilidade. A Raízen continua a ajustar seu portfólio, buscando fortalecer sua posição no mercado de energia e bioenergia.
Via Brazil Journal
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