O setor de carne bovina está em alvoroço devido à disputa entre os gigantes Marfrig e Minerva. As divergências contratuais sobre unidades de abate no Uruguai têm agitado o mercado. Com um valor estimado em R$ 675 milhões, a situação influencia diretamente as operações das duas empresas.
Recentemente, a Marfrig anunciou a rescisão do contrato de venda das unidades para a Minerva, alegando que algumas condições não foram cumpridas. Apesar disso, as operações continuam sem interrupções. A discordância entre as partes torna o cenário ainda mais incerto, com o mercado à espera de desdobramentos.
Por outro lado, a Minerva refuta a posição da Marfrig e defende que o contrato permanece válido, dependendo da aprovação regulatória. Esta transação é parte de um negócio maior que envolve 16 unidades de abate e aguarda a decisão da autoridade concorrencial uruguaia, que já havia barrado a aquisição anteriormente.
O mercado de carne bovina acompanha de perto as divergências contratuais entre Minerva e Marfrig, duas gigantes do setor. A disputa gira em torno de unidades de abate de bovinos no Uruguai, localizadas em Colônia, Salto e San José, com um valor estimado de R$ 675 milhões. As empresas divulgaram informações conflitantes sobre o andamento da transação no Uruguai, gerando incertezas no mercado.
A Marfrig comunicou o encerramento do contrato de venda das unidades para a Athn Foods, controlada pela Minerva. Segundo a Marfrig, o acordo, que foi firmado em agosto de 2023, não cumpriu as condições suspensivas necessárias dentro do prazo de 24 meses. A empresa ressaltou que, apesar do encerramento do contrato, as três unidades continuam operando normalmente.
Em contrapartida, a Minerva expressou discordância com a alegação da Marfrig sobre o término do contrato. A Minerva argumenta que a operação ainda está sujeita à aprovação da autoridade concorrencial uruguaia e que a companhia permanece comprometida com a aprovação da transação no Uruguai. A Minerva sustenta que o contrato permanece em vigor.
As empresas não forneceram detalhes adicionais sobre os desdobramentos da discordância em seus comunicados. A transação no Uruguai faz parte de um negócio mais amplo, no qual a Minerva pretendia adquirir 16 unidades de abate da Marfrig na América do Sul, totalizando R$ 7,5 bilhões. No entanto, a autoridade concorrencial uruguaia já havia barrado a transação no Uruguai das três unidades em questão no ano anterior.
A Comissão de Defesa da Concorrência do Uruguai (Coprodec) havia indicado que a aquisição daria à Minerva cerca de 43% da capacidade de abate de bovinos no país. A indefinição sobre a transação no Uruguai entre Minerva e Marfrig mantém o mercado de carne bovina em compasso de espera, aguardando os próximos capítulos dessa disputa contratual.
Via Forbes Brasil