Volatilidade no Setor de Energia: Desafios e Oportunidades

Entenda como a volatilidade do setor de energia no Brasil afeta preços e oportunidades para investidores.
29/08/2025 às 18:01 | Atualizado há 3 semanas
Volatilidade no setor de energia
Relatório do UBS BB destaca teste de estresse para o mercado de energia brasileiro. (Imagem/Reprodução: Braziljournal)

A volatilidade no setor de energia brasileiro está crescendo devido à maior participação de fontes renováveis como a eólica e solar. Este cenário exige que investidores reavaliem suas estratégias. O relatório do UBS BB aponta que essa transformação pode aumentar a frequência de apagões e curtailments, mas também abre portas para novos negócios.

Os preços da energia estão sujeitos a flutuações importantes ao longo do dia. Quando há alta produção solar, a oferta excede a demanda, reduzindo os preços. Em contrapartida, a necessidade de acionar termelétricas à noite pode encarecer a energia, desafiando as empresas a se posicionarem estrategicamente.

Empresas que exploram bem os efeitos das variações de oferta e demanda poderão se destacar. O UBS BB recomenda a compra das ações da Eletrobras, que se posiciona bem no mercado, aproveitando sua capacidade hidrelétrica. Enquanto isso, empresas focadas em energias renováveis enfrentam desafios maiores devido à concorrência e gargalos na transmissão.
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O aumento da participação das fontes eólica e solar na matriz energética brasileira tem intensificado a Volatilidade no setor de energia, exigindo uma reavaliação nas estratégias de investimento. Um relatório do UBS BB aponta que essa transformação representa um teste significativo para o sistema energético nacional, com potencial para aumentar tanto a ocorrência de apagões quanto os curtailments, embora também crie novas oportunidades de negócios.

Essa crescente Volatilidade no setor de energia significa que os preços da energia tendem a flutuar cada vez mais ao longo do dia. Períodos de alta produção solar podem levar a um excesso de oferta, derrubando os preços, enquanto a escassez no início da noite pode forçar o acionamento de termelétricas, elevando os custos.

Empresas que souberem aproveitar estrategicamente os momentos de escassez sairão na frente, enquanto aquelas focadas apenas em grandes volumes de energia enfrentarão dificuldades. O analista Giuliano Ajeje do UBS BB destaca que o mercado ainda não precificou essa assimetria, criando oportunidades para quem souber explorá-la.

Atualmente, as empresas que conseguem vender energia no início da noite alcançam preços médios de R$ 355/MWh, enquanto aquelas com foco na geração solar enfrentam preços próximos a R$ 164/MWh. Essa diferença, de acordo com o UBS BB, deve aumentar nos próximos três anos, ressaltando que o foco não deve ser apenas no volume, mas no timing da venda.

O UBS BB também avalia que a recente deterioração do Fator de Ajuste da Geração (GSF) não deve se agravar, e que as empresas com produção hidrelétrica estão bem posicionadas para se beneficiarem, pois conseguem ajustar a produção para os horários de pico e, assim, obterem maiores margens de lucro.

Por outro lado, as empresas de energia renovável podem enfrentar uma redução nas margens, devido ao excesso de oferta e aos gargalos na transmissão, resultando em níveis mais altos de curtailments no setor. A Eletrobras surge como uma das principais beneficiadas, aproveitando sua forte presença em hidrelétricas para capitalizar os picos de consumo noturnos e sua grande quantidade de energia não contratada.

A CPFL, por sua vez, pode ser menos favorecida, considerando a menor importância da geração de energia em seu EBITDA consolidado e a alta proporção de fontes renováveis em seu mix energético, com 0,6 GW de renováveis contra 0,9 GW de hidrelétricas. Produtoras de energia eólica e solar, como a Engie, também podem enfrentar desafios.

O UBS BB mantém uma recomendação de compra para as ações da Eletrobras, com um preço-alvo de R$ 59. As dinâmicas do mercado de energia exigirão adaptação e estratégias inteligentes para navegar pela Volatilidade no setor de energia e garantir resultados positivos.

As mudanças no setor elétrico brasileiro impulsionadas pela expansão das energias renováveis trazem desafios e oportunidades. A capacidade de adaptação e a estratégia de timing na comercialização de energia serão determinantes para o sucesso das empresas neste novo cenário.

Via Brazil Journal

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Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.