Nestlé enfrenta crise com saída do CEO e descontentamento de investidores

A saída do CEO da Nestlé provoca instabilidade e descontentamento de investidores. Entenda os desafios da empresa.
05/09/2025 às 09:21 | Atualizado há 4 semanas
Demissão do CEO da Nestlé
Queda de 14% nas ações da Nestlé marca o menor nível desde dezembro de 2016. (Imagem/Reprodução: Investnews)

A Nestlé enfrenta um momento crítico após a demissão de seu CEO, Laurent Freixe. Essa crise de liderança levanta dúvidas sobre a gestão e a confiança dos investidores na empresa. Freixe foi demitido após uma investigação que apontou conduta imprópria, resultando em uma queda significativa nas ações da companhia.

A saída de Freixe, que apenas um ano após assumir o cargo não conseguiu os resultados esperados, coincide com um período de instabilidade na liderança da Nestlé. A rotatividade de CEOs desencadeia preocupações entre os investidores, que buscam maior estabilidade. Paul Bulcke, presidente do conselho, agora tem o desafio de restaurar a confiança na marca e estabilizar o cenário operacional.

Com a queda das ações, análises do mercado indicam a urgência de uma reestruturação na empresa. A pressão sobre Bulcke aumenta, especialmente após a perda de dois CEOs em um ano. Agora, com Philipp Navratil assumindo o comando, o futuro da Nestlé permanece incerto em um ambiente competitivo e desafiador.
Após quase meio século na Nestlé, Paul Bulcke, presidente do conselho, enfrenta seu maior desafio: restaurar a confiança dos investidores. A crise surge com a Demissão do CEO da Nestlé, Laurent Freixe, um ano após sua nomeação, abalando a estabilidade do grupo. A situação levanta questionamentos sobre a gestão e o futuro da empresa.

A promoção de Freixe, descrito como ideal para liderar a Nestlé em tempos turbulentos, não trouxe os resultados esperados. Sua saída, motivada por alegações de conduta imprópria, desencadeou uma queda nas ações da empresa, atingindo o nível mais baixo em oito anos. Investidores expressam preocupação quanto à responsabilidade e ao julgamento do conselho.

A demissão de Freixe adiciona-se à turbulência na liderança da Nestlé, iniciada com a saída de Mark Schneider após oito anos como CEO. Freixe era visto como um líder capaz de resgatar os pontos fortes da empresa, mas sua gestão controversa culminou em sua Demissão do CEO da Nestlé. O caso assemelha-se a disputas de alto nível, como a do Credit Suisse em 2019.

As preocupações com Freixe emergiram em maio, através de denúncias internas e uma carta a Bulcke. As alegações envolviam um relacionamento impróprio com uma subordinada e favorecimento indevido. Anna Manz, diretora financeira da Nestlé, confirmou a investigação interna, que inicialmente não encontrou provas, mas uma segunda investigação, com advogados externos, confirmou as alegações.

A investigação interna, supervisionada pelo conselho, confirmou as alegações. Freixe, negando as acusações, foi demitido sem receber qualquer pacote de saída. A Demissão do CEO da Nestlé gerou forte impacto no mercado e entre os investidores.

Após a Demissão do CEO da Nestlé, as ações da Nestlé sofreram uma queda, mas se recuperaram. Freixe confirmou a apreensão de seu telefone e não fez mais comentários. Em sua mensagem de despedida no LinkedIn, desejou sucesso ao seu sucessor, Philipp Navratil.

Bulcke defendeu a Demissão do CEO da Nestlé como uma decisão necessária para proteger os valores da empresa. Um porta-voz negou que Bulcke tentou proteger Freixe durante a investigação. Ketan Patel, da Whitefriars, observou que a situação coloca pressão sobre o presidente do conselho, responsável pela escolha dos CEOs.

Navratil, ex-chefe da Nespresso, assume em um momento de incerteza. A recente rotatividade de CEOs preocupa os investidores, que buscam estabilidade. Bulcke, presente na Nestlé desde 1979, supervisionou a expansão da empresa para novas áreas, mas aquisições malsucedidas e desafios no mercado de alimentos agravaram a situação.

A Nestlé enfrentou multas por práticas no tratamento de águas minerais. A saída de Freixe, sob suspeita, ameaça a gestão de Bulcke. A perda de dois CEOs em um ano é um marco para a Nestlé. Ingo Speich, da Deka Investment, enfatiza a necessidade de reestruturação urgente e a pressão sobre o conselho para reverter a situação.

Via InvestNews

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.