O Carnaval pode ter chegado, mas a semana que o antecedeu foi movimentada no cenário político capixaba. A **política em Vitória** ferveu com eventos e tensões que prometem influenciar as próximas eleições. Vamos conferir os principais acontecimentos que marcaram os dias que antecederam a folia.
A edição de 2025 do Carnaval de Vitória já é considerada uma das mais politizadas dos últimos tempos. A disputa entre o grupo do governador Renato Casagrande (PSB) e o do prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos) ficou evidente, aquecendo a corrida pelo Palácio Anchieta.
Antes dos desfiles no Sambão do Povo, Casagrande e Pazolini se encontraram na posse do novo Arcebispo de Vitória, Dom Ângelo Mezzari. O cerimonial os colocou lado a lado, exigindo um certo jogo de cintura para evitar maiores conflitos.
Durante a cerimônia religiosa, a transmissão registrou um momento curioso: Casagrande tentou cumprimentar Pazolini, que não retribuiu o gesto. Em vez disso, o prefeito cumprimentou a primeira-dama Maria Virgínia, gerando burburinho e diversas interpretações.
Na entrega das chaves da cidade à realeza do samba, os discursos de Casagrande e Pazolini eram aguardados com expectativa. Casagrande mencionou a revitalização do Carnaval durante a gestão de Luiz Paulo Vellozo Lucas, enquanto Pazolini falou sobre a importância da construção coletiva para o sucesso da festa.
Horas depois, uma controvérsia envolvendo Pazolini e o coronel da PM Sérgio Anechini, subsecretário da Casa Militar, ganhou destaque. O episódio, repleto de versões conflitantes, rapidamente se espalhou pelas redes sociais e grupos de WhatsApp.
Em contrapartida, o governo estadual celebrou a formatura de novos oficiais da Polícia Militar e delegados da Polícia Civil. Essas nomeações representam um esforço para fortalecer a segurança pública, uma das prioridades da gestão Casagrande-Ferraço.
Com cerca de 15 mil agentes de segurança ativos, além de aposentados e pensionistas, a área de segurança pública possui grande influência no cenário político. O governo aposta na valorização da categoria e na queda dos índices de homicídio para consolidar sua imagem.
O deputado federal Da Vitória (Progressistas) foi mantido como coordenador da bancada federal capixaba pelo sétimo ano consecutivo. Sua habilidade em dialogar com diferentes correntes políticas e sua atuação em projetos importantes, como o Contorno do Mestre Álvaro, contribuíram para sua permanência no cargo.
Da Vitória é visto como um potencial candidato ao governo estadual, com trânsito livre entre os grupos de Casagrande e Pazolini. Sua estratégia é aguardar o momento oportuno para definir seus próximos passos, visando as eleições de 2026.
A possível fusão entre PSDB e Podemos pode fortalecer o deputado federal Gilson Daniel, que lidera o Podemos no Espírito Santo. A união das duas legendas ampliaria a influência de Gilson Daniel no estado, consolidando sua posição na **política em Vitória**.
E, para descontrair, a foto da semana mostra Casagrande comungando em frente a Pazolini durante a posse do arcebispo. Um momento que certamente deu o que falar nos bastidores políticos.
A coluna entra em recesso durante o Carnaval, mas retorna na Quarta-Feira de Cinzas com novas análises e informações sobre o cenário político capixaba.
Se você quiser saber mais sobre os bastidores da **política em Vitória**, mande um e-mail para poder@eshoje.com.br.