Ibovespa registra alta, beneficiado por ações da Petrobras e Banco do Brasil

Ibovespa fecha em alta, impulsionado por Petrobras e Banco do Brasil, mas volume financeiro permanece baixo.
10/09/2025 às 17:41 | Atualizado há 6 horas
Ibovespa em alta
Ibovespa sobe com Petrobras e Banco do Brasil impulsionando o fechamento positivo. (Imagem/Reprodução: Moneytimes)

Na quarta-feira, o Ibovespa fechou com um aumento de 0,54%, alcançando 142.386,85 pontos. As ações da Petrobras (PETR4) e do Banco do Brasil (BBSA3) foram fundamentais para essa recuperação, embora o índice não tenha atingido a máxima do dia. O mercado está cauteloso, com volume financeiro abaixo da média diária anual.

O índice chegou a 143.181,59 pontos, perto do recorde intradia de 143.408,64 pontos, atingido no dia 5. Apesar de ter registrado uma mínima de 141.611,77, o volume financeiro foi de R$ 16,76 bilhões, inferior à média diária de R$ 23,7 bilhões para o ano. Os investidores seguem atentos a Brasília e ao julgamento envolvendo Bolsonaro.

Os economistas estão preocupados com os impactos das tarifas impostas pelos EUA ao Brasil. A expectativa de que o Federal Reserve possa cortar juros e a fragilidade do mercado de trabalho contribuem para a cautela. O cenário financeiro permanece incerto, com o Ibovespa demonstrando recuperação, mas sem a confiança plena dos investidores.
Na quarta-feira, o Ibovespa em alta fechou com um aumento de 0,54%, atingindo 142.386,85 pontos. As ações da Petrobras (PETR4) e do Banco do Brasil (BBSA3) foram os principais suportes para essa elevação, embora o índice não tenha alcançado a máxima do dia. O mercado demonstra cautela, com volume financeiro abaixo da média diária do ano.

O índice chegou a alcançar 143.181,59 pontos, aproximando-se do recorde intradia de 143.408,64 pontos, registrado no dia 5. A mínima do dia foi de 141.611,77 pontos. O volume financeiro totalizou R$ 16,76 bilhões antes dos ajustes finais, inferior à média diária do ano, que é de R$ 23,7 bilhões.

Em setembro, a média diária está em R$ 18,2 bilhões, indicando que os investidores permanecem cautelosos. Apesar das máximas alcançadas no mês, eles evitam assumir posições agressivas na bolsa. Os agentes do mercado também estão atentos a Brasília, onde o Supremo Tribunal Federal (STF) retomou o julgamento de Bolsonaro.

O mercado não teme o resultado do processo em si, mas sim possíveis retaliações dos Estados Unidos contra o Brasil. No final de julho, o então presidente norte-americano, Donald Trump, estabeleceu uma tarifa de 50% para diversos produtos brasileiros, justificando a medida com o julgamento de Bolsonaro.

No início da sessão, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou uma queda de 0,11% em agosto, após um aumento de 0,26% em julho. No acumulado de 12 meses até agosto, o IPCA teve um aumento de 5,13%. Economistas consultados pela Reuters previam uma queda de 0,15% para o mês e uma elevação acumulada de 5,09% em 12 meses.

Nos Estados Unidos, os preços ao produtor tiveram uma queda inesperada em agosto, influenciados pela diminuição dos custos de serviços. O índice de preços ao produtor para a demanda final caiu 0,1%, após um salto de 0,7% em julho, conforme informações do Departamento do Trabalho.

Economistas consultados pela Reuters esperavam um avanço de 0,3% para o PPI, após um aumento de 0,9% registrado em julho. Os preços dos serviços recuaram 0,2%, após uma alta de 0,7% em julho, enquanto os preços de mercadorias subiram 0,1%, depois de terem aumentado 0,6% no mês anterior. No acumulado de 12 meses até agosto, o PPI aumentou 2,6%, após uma alta de 3,1% em julho.

Há uma expectativa entre os economistas de que as pressões sobre os preços, decorrentes das tarifas, elevem a inflação ao consumidor em agosto. O Federal Reserve deve reduzir as taxas de juros na próxima quarta-feira, com uma redução de 0,25 ponto percentual já totalmente precificada. Essa previsão de corte é impulsionada pela fragilidade do mercado de trabalho, que levanta preocupações sobre a estagnação da economia.

A combinação de fatores internos e externos tem gerado um cenário de cautela no mercado financeiro. O Ibovespa em alta demonstra uma recuperação, mas o volume de negociações ainda não reflete uma retomada completa da confiança dos investidores. As decisões políticas e econômicas, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, continuarão a influenciar o desempenho da bolsa.

Via Money Times

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.