As taxas de Depósitos Interfinanceiros (DIs) no Brasil recuaram nesta quinta-feira. Esse movimento é atribuído à divulgação de dados econômicos dos Estados Unidos que mantiveram a expectativa sobre a postura do Federal Reserve em relação às taxas de juros.
A taxa do DI para janeiro de 2027 caiu para 13,965%, enquanto a taxa para janeiro de 2030 ficou em 13,27%. O crescimento dos preços ao consumidor nos EUA foi ligeiramente superior ao esperado, mas ainda assim, reforçou a ideia de um possível corte de juros pelo Fed nas próximas reuniões.
Além disso, o cenário interno apresenta uma queda de 0,3% nas vendas no varejo. Isso demonstra uma continuidade na desaceleração econômica, enquanto investidores acompanhavam de perto o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF.
As taxas de Depósitos Interfinanceiros (DIs) no Brasil apresentaram um recuo nesta quinta-feira, influenciadas pela divulgação de dados econômicos dos Estados Unidos. Tais dados não alteraram a expectativa do mercado quanto à postura do Federal Reserve (Fed) em relação às taxas de juros na próxima semana.
Às 10h46, a taxa do DI para janeiro de 2027 fixou-se em 13,965%, demonstrando uma diminuição em relação ao ajuste anterior de 14,002%. Paralelamente, a taxa para janeiro de 2030 registrou 13,27%, também abaixo do ajuste prévio de 13,314%.
O Departamento do Trabalho dos EUA reportou que o Índice de Preços ao Consumidor (CPI nos EUA), teve um aumento de 0,4% em agosto, contrastando com o aumento de 0,2% observado em julho. Nos últimos 12 meses até agosto, o CPI nos EUA apresentou um avanço de 2,9%, marcando o maior incremento desde janeiro, após uma alta de 2,7% em julho. As projeções de economistas consultados pela Reuters apontavam para um aumento de 0,3% no mês e 2,9% em 12 meses.
Adicionalmente, os pedidos de auxílio-desemprego nos EUA totalizaram 263 mil na semana anterior, superando a expectativa de 235 mil conforme pesquisa da Reuters.
Após a divulgação desses indicadores, o dólar perdeu força em relação a outras divisas, e os rendimentos dos Treasuries experimentaram uma queda. Essa dinâmica reflete a percepção de que, apesar do CPI nos EUA ter ficado ligeiramente acima do esperado em agosto, os números gerais mantêm a expectativa de uma redução nas taxas de juros por parte do Fed.
Rafael Perez, economista da Suno Research, comentou que, “Embora a inflação continue acima da meta do Federal Reserve, os dados divulgados hoje não devem impactar as decisões da autoridade monetária. A atenção permanece voltada para os sinais de enfraquecimento do mercado de trabalho, que foram reforçados pela revisão para baixo de mais de 900 mil vagas pelo Bureau of Labor Statistics (BLS) nesta semana, indicando uma desaceleração maior do que a prevista”.
No cenário doméstico, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que as vendas no varejo apresentaram uma queda de 0,3% em julho, em comparação com junho, alinhado com as expectativas do mercado. Este resultado representa o quarto mês consecutivo de declínio, reforçando a tendência de desaceleração gradual da atividade econômica.
Investidores também estão atentos à retomada do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de Estado. O placar atual é de 2 votos a 1 pela condenação de Bolsonaro, faltando ainda os votos dos ministros Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.
No mercado, existe a preocupação de que uma possível condenação possa gerar novas medidas retaliatórias dos Estados Unidos contra o Brasil.
Às 11h, o rendimento do Treasury de dois anos, que reflete as expectativas para as taxas de juros de curto prazo, apresentou uma queda de 3 pontos-base, atingindo 3,506%. O retorno do Treasury de dez anos, uma referência global para decisões de investimento, também registrou uma queda de 2 pontos-base, situando-se em 4,015%.
Via Money Times