Ações da Azul e Gol valorizam até 17% com queda do dólar

Ações da Azul e Gol tiveram forte alta devido à queda do dólar e curva de juros. Descubra os detalhes dessa valorização.
12/09/2025 às 16:22 | Atualizado há 1 semana
Ações da Azul e Gol
Azul e Gol se destacam com altas, enquanto o Ibovespa enfrenta dificuldades. (Imagem/Reprodução: Moneytimes)

As ações da Azul e Gol demonstraram um desempenho excepcional na última sexta-feira, superando o índice Ibovespa. Com os papéis da Azul (AZUL4) subindo 17%, enquanto a Gol (GOLL54) aumentou 10%, o setor aéreo mostrou vitalidade em meio a um cenário volátil. Essa valorização indica a importância das dinâmicas financeiras que afetam a aviação.

Os preços das ações refletem a movimentação no mercado, com AZUL4 a R$ 1,30 e GOLL54 a R$ 6,41. De acordo com Felipe Sant’Anna, especialista do grupo Axia Investing, a queda do dólar e da curva de juros contribuiu significativamente. A redução do dólar alivia custos para as companhias aéreas, favorecendo o fluxo de caixa e oferecendo melhores expectativas de lucro.

O recente acordo de codeshare entre Azul e Gol está sendo avaliado pelo Cade, com restrições temporárias nas rotas. As conversas sobre uma possível fusão e a reestruturação após a recuperação judicial da Azul também são focos de atenção. À medida que novas decisões são tomadas, o futuro das operações no setor aéreo brasileiro se torna cada vez mais relevante.
As Ações da Azul e Gol apresentaram um notável desempenho no pregão da última sexta-feira, destoando do índice Ibovespa. As ações da Azul (AZUL4) chegaram a registrar um aumento de 17%, enquanto as da Gol (GOLL54) subiram 10%. Esse movimento reflete a dinâmica do mercado financeiro e as particularidades que influenciam o setor aéreo.

Negociadas fora do IBOV, AZUL4 avançou 6,56%, atingindo R$ 1,30, enquanto GOLL54 cresceu 3,22%, alcançando R$ 6,41. Felipe Sant’Anna, especialista em investimentos do grupo Axia Investing, atribui essa performance à queda do dólar e da curva de juros. A desvalorização do dólar impacta positivamente as companhias aéreas, uma vez que grande parte de seus custos são indexados à moeda americana, aliviando o fluxo de caixa e melhorando as perspectivas de desempenho.

No início da semana, as ações da Azul e Gol já haviam demonstrado expressiva valorização, impulsionadas por um short squeeze. Esse fenômeno ocorre quando investidores que apostam na queda de um ativo são forçados a recomprá-lo para limitar suas perdas, intensificando a alta do preço. No último mês, as ações da Azul acumularam um aumento de mais de 116%, enquanto a Gol registrou um avanço de 19%.

O acordo de codeshare entre as companhias aéreas, anunciado no ano anterior, está sob análise do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A autarquia determinou que o acordo seja notificado em até 30 dias corridos, sob risco de ser considerado gun jumping em maio de 2026. O codeshare é um acordo que permite a uma companhia aérea comercializar voos operados por outra.

O Cade também proibiu a expansão do codeshare nas rotas ainda não atingidas pelo compartilhamento de voos antes da análise do acordo. Caso a notificação não seja realizada no prazo, Gol e Azul deverão desfazer o acordo. Além disso, a possível combinação de negócios entre as empresas permanece em discussão.

A conclusão do Chapter 11 da Gol era considerada crucial para o avanço dessa combinação. No entanto, o cenário se modificou com a entrada da Azul em recuperação judicial nos EUA, enquanto a Gol concluiu o processo. Em maio, o vice-presidente institucional e corporativo da Azul, Fabio Campos, informou que o foco da empresa está na reestruturação.

As Ações da Azul e Gol refletem a complexidade do mercado aéreo e as estratégias das empresas para enfrentar os desafios do setor. As decisões do Cade e os processos de reestruturação em andamento moldarão o futuro das companhias e o cenário da aviação no Brasil.

Via Money Times

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.