Marcos Jank, do Insper Agro Global, defende que o Brasil deve investir em agricultura, seguindo o exemplo da China. Ele acredita que transformar pastagens degradadas em áreas produtivas pode aumentar a produção de alimentos e reduzir emissões de carbono.
Durante o Bradesco BBI Agro Summit 2.0, Jank destacou o potencial da África para a produção de alimentos, semelhante às características geográficas do Brasil. A China enxerga esse potencial e busca garantir o abastecimento de sua população, algo que o Brasil também deve considerar para se manter competitivo.
O especialista criticou o enfraquecimento das instituições globais e a adoção de políticas protecionistas, como as tarifas impostas por Donald Trump. Jank argumentou que o Brasil precisa urgentemente elevar seus investimentos em agricultura para garantir a segurança alimentar e se adaptar ao novo cenário comercial mundial.
O coordenador do Insper Agro Global, Marcos Jank, defende que o Brasil siga o exemplo da China e priorize investimentos em agricultura para aumentar a produção de alimentos. Segundo Jank, a China vê na África um potencial para produção de alimentos que pode sustentar sua população. O Brasil, com vastas áreas de pastagens degradadas, tem a chance de transformar esses espaços em áreas produtivas, reduzindo emissões de carbono e otimizando o uso da água.
Durante o Bradesco BBI Agro Summit 2.0, Jank destacou a importância de o Brasil investir em agricultura, assim como a China fez. Ele mencionou que o continente africano, com características geográficas semelhantes às do Brasil, desperta o interesse chinês. A China enxerga a África como um possível celeiro para alimentar sua população. Marcos Jank também ressaltou a relevância do trabalho da Embrapa ao longo de 50 anos para transformar o Brasil em um exportador de alimentos.
Jank também abordou o enfraquecimento das instituições globais a partir de 2010, com a ONU, OMC, OMS e COPs falhando em resolver problemas de guerra, comércio, saúde e clima, respectivamente. Ele criticou as tarifas impostas por Donald Trump, vendo-as como um sintoma do fim das “regras do jogo” estabelecidas no século XX, com impactos globais. Os EUA, segundo Jank, estariam adotando uma política de substituição de importações, um modelo que não obteve sucesso na América do Sul.
O especialista argumenta que o cenário global exige que o Brasil invista em agricultura para garantir sua segurança alimentar e se manter competitivo. A necessidade de investimentos em agricultura se torna ainda mais premente diante das mudanças nas políticas comerciais globais e do enfraquecimento das instituições internacionais. A China, ao investir em agricultura, busca garantir o abastecimento de sua população.
A Embrapa desempenhou um papel crucial na transformação do Brasil em um exportador de alimentos. Marcos Jank acredita que o país precisa se adaptar a um novo contexto global, marcado pelo protecionismo e pela ineficácia das organizações internacionais. Ele alertou para o fato de que acordos bilaterais podem afetar o acesso do Brasil a mercados importantes. Para Jank, o Brasil precisa urgentemente aumentar os investimentos em agricultura.
Diante de um cenário internacional instável, com tarifas e políticas protecionistas, o Brasil precisa fortalecer sua produção agrícola. A China, ao investir em agricultura em outros continentes, demonstra uma visão estratégica de longo prazo. O Brasil, com suas condições favoráveis e áreas degradadas a serem recuperadas, tem a oportunidade de se destacar no cenário global. A fala de Marcos Jank durante o Bradesco BBI Agro Summit 2.0 serve como um alerta para a necessidade de o país priorizar o setor agrícola.
Via Money Times