54% dos brasileiros são contra anistia a Bolsonaro, diz pesquisa

Pesquisa revela que 54% dos brasileiros são contra anistia a Bolsonaro; entenda os detalhes da pesquisa Datafolha.
14/09/2025 às 09:23 | Atualizado há 6 dias
Anistia para Bolsonaro
54% rejeitam anistia a Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. (Imagem/Reprodução: Moneytimes)

Uma pesquisa Datafolha divulgada revela que 54% dos brasileiros rejeitam a proposta de anistia para o ex-presidente Bolsonaro. Essa proposta permitiria que ele fosse isentado de condenações relacionadas a tentativas de golpe de Estado. Por outro lado, 39% dos entrevistados se mostraram a favor da anistia, refletindo uma divisão na opinião pública sobre o tema.

O levantamento, realizado entre os dias 8 e 9 de setembro, entrevistou 2.005 eleitores em 113 municípios. A pesquisa apresentou uma margem de erro de dois pontos percentuais, e 4% dos participantes preferiram não responder. O debate sobre a anistia ocorre no Congresso, onde aliados de Bolsonaro atuam para beneficiar não apenas o ex-presidente, mas também outros envolvidos em atos antidemocráticos.

Apesar do movimento no legislativo, a maioria dos brasileiros continua contrária à anistia, especialmente no que se refere aos réus da invasão ao Congresso em janeiro. Entre os condenados, muitos enfrentaram penas severas, e o assunto segue polarizando a sociedade brasileira, que aguarda desdobramentos sobre essa questão essencial.
A maioria dos brasileiros, precisamente 54%, é contra a aprovação de uma Anistia para Bolsonaro, que o livraria de condenações por tentativas de golpe de Estado. É o que indica pesquisa Datafolha divulgada no último sábado (13), revelando uma divisão na opinião pública sobre o tema. O levantamento também aponta que 39% dos entrevistados apoiam o perdão ao ex-presidente.

O Datafolha entrevistou 2.005 eleitores em 113 municípios do país entre os dias 8 e 9 de setembro. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, refletindo um cenário de incerteza. A pesquisa revela que 2% dos entrevistados se mostraram indiferentes à questão, enquanto 4% não souberam responder.

No Congresso, aliados de Bolsonaro articulam a aprovação de uma anistia que beneficiaria tanto o ex-presidente quanto os envolvidos na tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023. Juristas apontam que, se aprovada, a medida poderá ser considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão. Além do ex-presidente, a maioria dos réus envolvidos nos atos de 8 de janeiro também recebeu penas elevadas. A pressão por uma anistia “ampla, geral e irrestrita” vem de apoiadores de Bolsonaro, que o consideram um líder injustiçado.

Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), presidente do Senado, elabora um texto alternativo que visa reduzir as penas dos executores, sem beneficiar os mandantes. A proposta de apoiadores de Bolsonaro sugere perdão completo para todos os investigados pelo STF por atos antidemocráticos desde 2019.

Desde então, o ministro Alexandre de Moraes assumiu outras investigações. A Procuradoria-Geral da República (PGR) utilizou essa série de investigações para embasar a denúncia que resultou na condenação de Bolsonaro e sete aliados pela tentativa de golpe. A maioria dos brasileiros também se opõe ao perdão dos condenados pela invasão e destruição de prédios públicos.

De acordo com o Datafolha, 61% dos brasileiros são contra a anistia aos executores dos atos golpistas. Por outro lado, 39% se mostram favoráveis, enquanto 2% são indiferentes e 4% não responderam. A invasão à Praça dos Três Poderes resultou em 1.628 ações penais no STF, com 638 condenações.

Entre as condenações, 279 foram por delitos mais graves e 359 por crimes menos graves. Para condutas ainda menos graves, foram assinados 552 acordos de não persecução penal (ANPPs). As decisões do STF buscam responsabilizar os envolvidos nos atos de vandalismo e na tentativa de golpe.

A situação permanece em aberto, com debates no Congresso e no judiciário. A opinião pública, dividida, acompanha de perto os desdobramentos, enquanto o futuro político de Bolsonaro e de outros envolvidos nos eventos de 8 de janeiro permanece incerto.

Via Money Times

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.