Crescimento da atividade econômica chinesa desacelera em agosto

Atividade econômica da China em agosto cai, levantando preocupações sobre crescimento e medidas de estímulo.
15/09/2025 às 08:47 | Atualizado há 5 dias
Atividade econômica da China
Economistas divididos sobre apoio fiscal para atingir meta de crescimento de 5%. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

A atividade econômica da China registrou um crescimento mais lento em agosto. A produção industrial e as vendas no varejo mostraram resultados abaixo das expectativas, o que coloca pressão sobre o governo para adotar novas medidas de estímulo.

Em agosto, a produção industrial aumentou apenas 5,2%, abaixo da projeção de 5,7%. As vendas no varejo cresceram 3,4%, o desempenho mais fraco desde novembro de 2024. Esses resultados provocam debates entre economistas sobre a necessidade de suporte fiscal urgente e medidas adicionais para reverter a desaceleração.

O investimento em ativos fixos também teve crescimento inferior ao esperado, com 0,5% nos primeiros oito meses do ano. Enquanto a economia chinesa enfrenta desafios, como a crise imobiliária, há uma expectativa de que medidas de apoio ao consumo de serviços possam mitigar possíveis impactos negativos.
A atividade econômica da China em agosto apresentou um crescimento mais lento na produção industrial e nas vendas no varejo desde o ano anterior. Essa situação intensifica a pressão sobre o governo chinês para implementar novas medidas de estímulo, visando evitar uma desaceleração acentuada na segunda maior economia global. Os dados divulgados geraram debates entre economistas sobre a necessidade de um suporte fiscal mais robusto a curto prazo.

Os resultados abaixo do esperado dividiram as opiniões dos economistas sobre a necessidade de medidas adicionais para impulsionar o crescimento, em meio a incertezas no cenário comercial com os EUA e desafios no mercado de trabalho e imobiliário. A produção industrial registrou um aumento de 5,2% em agosto, conforme dados do Escritório Nacional de Estatísticas, um valor inferior ao crescimento de 5,7% observado em julho e abaixo da projeção de 5,7% de economistas consultados pela Reuters.

As vendas no varejo, um importante indicador do consumo, cresceram 3,4% em agosto, representando o desempenho mais fraco desde novembro de 2024. Esse resultado também ficou abaixo do aumento de 3,7% registrado no mês anterior, não atingindo a previsão de ganho de 3,9%. A lentidão no crescimento da atividade econômica da China levanta preocupações sobre o cumprimento da meta de crescimento anual estabelecida pelo governo, que é de cerca de 5%.

O investimento em ativos fixos também apresentou um crescimento menor do que o esperado, registrando 0,5% nos primeiros oito meses do ano, em comparação com 1,6% de janeiro a julho. As autoridades chinesas estão buscando novos mercados para compensar a política comercial instável dos EUA e a moderação nos gastos dos consumidores. Dados recentes indicam que os fabricantes chineses redirecionaram suas exportações para o Sudeste Asiático, África e América Latina, mas a crise imobiliária continua a impactar negativamente a atividade econômica da China.

Estrategistas financeiros apontam que, apesar do enfraquecimento da economia chinesa, a situação ainda não exige uma nova rodada de estímulos. Espera-se que medidas de apoio ao consumo de serviços compensem o impacto da demanda agregada. A repressão oficial às empresas que reduzem agressivamente os preços também pode ter influenciado a percepção da demanda doméstica.

Via InfoMoney

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.