O mercado de Benefícios flexíveis para empresas no Brasil passa por uma grande transformação. Com novas regulamentações e a chegada de startups, empresas tradicionais enfrentam forte concorrência. A Alymente, em parceria com a Visa, entra nesse novo capítulo, seguindo os passos de outras fintechs.
Fundada em 2017, a Alymente oferece um cartão multibenefícios. Este cartão concentra várias categorias, como alimentação, transporte, cultura e saúde, em um único meio de pagamento. André Purri, cofundador da startup, trabalhou na Stone com empresas de médio porte. Ele identificou as altas taxas cobradas em serviços de vale-refeição e alimentação como um problema. Purri percebeu o impacto negativo, principalmente em pequenos e médios estabelecimentos.
A Alymente se destacou como a primeira empresa com registro para operar com benefícios flexíveis no Brasil. Isso permitiu oferecer vale-refeição e alimentação sem depender de grandes fornecedores. A parceria com a Visa amplia a aceitação do cartão e oferece vantagens. Clientes Alymente têm acesso ao programa “Vai de Visa” com descontos em mais de 80 empresas.
A entrada da Visa consolida o modelo de cartão bandeirado. Este modelo, adotado por fintechs, contrasta com o arranjo fechado de empresas como Alelo e VR. Comerciantes se beneficiam da redução nas taxas. As taxas para aceitar vales, que variavam entre 6% e 10%, agora podem ser de 2%, semelhante a uma transação de crédito comum.
A Alymente busca dar mais liberdade aos colaboradores. Com o cartão, o benefício pode ser usado em toda a rede Visa, respeitando as regras da empresa contratante. No modelo tradicional, a venda de vales com desconto era comum devido à aceitação limitada. Purri exemplifica: “O colaborador pode usar o benefício para pagar o Wi-Fi ou combustível, dependendo das regras da empresa”.
Com mais de 2.000 clientes, incluindo Heineken e Nissan, a Alymente planeja crescer 200% até 2025. O desafio é se firmar no mercado e convencer grandes empresas a adotarem este novo modelo de benefícios flexíveis. A Alymente aposta na flexibilidade e na redução de custos para atrair empresas e colaboradores.
Via Exame