Pague Menos anuncia oferta de ações de R$ 250 milhões

Pague Menos prepara uma oferta de ações de R$ 250 mi, visando melhorar a liquidez no mercado financeiro.
15/09/2025 às 17:41 | Atualizado há 4 dias
Oferta de ações
Pague Menos busca aumentar liquidez com oferta de ações de R$ 250 milhões. (Imagem/Reprodução: Braziljournal)

A Pague Menos está prestes a realizar uma oferta de ações no valor de R$ 250 milhões. O objetivo é aumentar a liquidez dos papéis no mercado e envolverá tanto a emissão de novas ações quanto a venda de ações existentes.

Cerca de metade da oferta será composta por novas ações, enquanto a outra metade será de ações já emitidas. A General Atlantic, que possui 16,9% do capital da Pague Menos, planeja vender R$ 125 milhões em ações, diminuindo sua participação.

A companhia tem apresentado resultados operacionais consistentes, mas a baixa liquidez atual limita o crescimento. Com a nova oferta, espera-se que a liquidez dos papéis melhore, permitindo maior entrada de investidores e fundos no mercado.
A Pague Menos está planejando uma oferta de ações de R$ 250 milhões, visando aumentar a liquidez de seus papéis no mercado. A operação, que foi criticada por investidores, envolverá tanto a emissão de novas ações (componente primário) quanto a venda de parte das ações já existentes (componente secundário). A General Atlantic (GA), que atualmente detém 16,9% do capital da empresa, fará uma venda parcial de sua participação.

Segundo informações de uma fonte próxima à operação, cerca de metade da oferta de ações será primária e a outra metade secundária. A GA planeja vender R$ 125 milhões em ações, reduzindo sua participação para aproximadamente 10% do capital da Pague Menos. A família Queirós, que hoje controla 70% da empresa, terá sua participação diluída para cerca de 65% devido à emissão de novas ações na oferta de ações primária.

A General Atlantic investiu R$ 600 milhões por 17% da Pague Menos no final de 2015. Desde então, a gestora não vendeu nenhuma ação e participou do aumento de capital realizado pela empresa em 2023, após a aquisição da Extrafarma.

A parcela primária da oferta de ações será destinada a acelerar a desalavancagem da companhia, um processo em curso desde a aquisição da Extrafarma. No segundo trimestre, a Pague Menos registrou uma alavancagem de 2,6 vezes o seu EBITDA.

Esta oferta de ações ocorre em um momento em que a Pague Menos tem apresentado melhorias operacionais consistentes, com resultados que superam as expectativas do mercado há seis trimestres consecutivos. No entanto, esse desempenho ainda não se refletiu no preço das ações, em grande parte devido à baixa liquidez dos papéis.

O free float da Pague Menos é de apenas 12%, com um volume de negociação diário de cerca de R$ 3 milhões nos últimos quatro meses. Esse volume restringe a entrada de fundos maiores na companhia. Com a oferta de ações, espera-se que o float supere os 20% e que a liquidez dobre em curto prazo.

Bancos como Itaú BBA, BTG Pactual, Bradesco BBI e XP foram contratados pela Pague Menos para assessorar a operação. A companhia já iniciou as conversas iniciais com potenciais investidores, em um processo conhecido como pilot fishing.

O lançamento definitivo da oferta de ações ainda dependerá dos resultados dessas conversas iniciais e do desempenho das ações da Pague Menos nos próximos dias. Uma queda acentuada poderia levar a família Queiroz e a GA a reconsiderarem a operação.

Via Brazil Journal

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.