Os ministros das Relações Exteriores do Mercosul e da EFTA assinaram um acordo que visa liberalizar 97% das exportações entre os blocos. Essa iniciativa poderá resultar em menores preços de produtos importados, como chocolates e medicamentos da Suíça e bacalhau da Noruega, beneficiando diretamente os consumidores brasileiros.
A assinatura do acordo destaca a importância do multilateralismo em meio a tensões comerciais globais. O ministro Mauro Vieira ressaltou que a parceria não só fortalece o comércio entre as regiões, mas também pode facilitar futuras negociações com a União Europeia, cujo acordo está em processo de formalização no Brasil.
O Acordo entre Mercosul e EFTA deverá entrar em vigor após a ratificação por cada país. A expectativa é que a eliminação das tarifas de importação favoreça tanto os produtos brasileiros no mercado europeu quanto a competitividade dos produtos europeus no Brasil.
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Ministros das relações exteriores dos países do Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai) e da Associação Europeia de Livre Comércio (Efta), composta por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein, assinaram um Acordo do Mercosul e Efta, visando liberalizar 97% das exportações de ambos os lados.
A expectativa é que essa medida resulte na redução de preços de produtos importados no Brasil, como chocolates e medicamentos provenientes da Suíça, e o tradicional bacalhau da Noruega.
A assinatura do Acordo do Mercosul e Efta surge em um contexto de tensões comerciais globais, estimulando a celebração de novos acordos para o Mercosul, incluindo um possível tratado com a União Europeia (UE).
O Brasil manifestou o desejo de formalizar o acordo com a UE em dezembro, durante a reunião dos países do Mercosul, sob a presidência rotativa brasileira.
Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores, enfatizou que a assinatura do Acordo do Mercosul e Efta representa um avanço no multilateralismo comercial, em um cenário global marcado por tensões e protecionismo crescente.
Vieira também destacou as sinergias existentes entre o Acordo do Mercosul e Efta e o futuro tratado comercial entre o Mercosul e a UE, reafirmando o compromisso do governo brasileiro em concluir o acordo com a UE ainda neste semestre.
O Acordo do Mercosul e Efta, que busca a redução das tarifas de importação, entrará em vigor após a ratificação final, sem um período de transição, marcando o início de um processo que envolve a tradução do tratado para os idiomas dos países signatários e a aprovação interna em cada um deles.
No Brasil, a aprovação do Acordo do Mercosul e Efta depende do aval do Congresso. O processo de ratificação não possui um prazo definido, mas a implementação bilateral pode ocorrer assim que um país de cada bloco concluir os trâmites internos, como a ratificação pelo Brasil e pela Suíça.
De acordo com o Acordo do Mercosul e Efta, a Efta eliminará integralmente as tarifas de importação dos setores industrial e pesqueiro, promovendo o livre comércio de produtos brasileiros nos mercados da Efta, abrangendo aproximadamente 99% do valor exportado.
Com uma população de 15 milhões de habitantes e um Produto Interno Bruto (PIB) combinado de US$ 1,3 trilhão, o Acordo do Mercosul e Efta tem o potencial de criar uma zona de livre comércio com quase 300 milhões de pessoas e uma economia superior a US$ 4,3 trilhões, após a ratificação completa por todos os envolvidos, segundo o Itamaraty.
Via InfoMoney
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