China Southern Power negocia controle da Transelec no Chile

Entenda como a China Southern Power pode mudar o setor energético no Chile com a aquisição da Transelec.
17/09/2025 às 13:21 | Atualizado há 3 semanas
Controle da Transelec no Chile
Empresa chinesa mira majoritária na maior transmissora de energia do Chile por US$ 4 bilhões. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

A China Southern Power está em negociações avançadas para adquirir uma participação majoritária na Transelec, a maior empresa de transmissão de energia do Chile. Este movimento pode representar um dos maiores investimentos chineses em infraestrutura fora do país.

A empresa já possui 28% da Transelec e agora busca um acordo com a Patria Investments e um fundo soberano chinês. Os detalhes do acordo, que pode totalizar cerca de 4 bilhões de dólares, estão sendo discutidos há aproximadamente dois anos.

Se concretizada, essa aquisição poderá impactar significativamente o setor de energia no Chile. No entanto, a transação depende da aprovação dos reguladores chilenos, que têm se mostrado cautelosos com o controle estrangeiro sobre infraestruturas críticas.
“`html

A Controle da Transelec no Chile está no centro de intensas negociações, com a China Southern Power Grid Co. buscando adquirir uma participação majoritária na Transelec SA. Essa possível aquisição representa um dos maiores investimentos chineses no exterior e pode redefinir o panorama da transmissão de energia no país sul-americano.

A China Southern Power, que já detém cerca de 28% da Transelec, está considerando uma parceria estratégica com a Patria Investments Ltd., um gestor de ativos alternativos com foco na América Latina, e um fundo soberano chinês. O objetivo dessa união é apresentar uma oferta robusta pelas participações atualmente sob controle de três fundos de pensão canadenses.

As discussões em torno desse acordo já se estendem por aproximadamente dois anos, e as estimativas de valor alcançam a marca de 4 bilhões de dólares. Apesar de as negociações estarem em andamento, ainda não há garantias de que um acordo será formalizado nas próximas semanas, conforme apontam fontes familiarizadas com o assunto.

A concretização do Controle da Transelec no Chile por parte da China Southern Power está sujeita à aprovação dos reguladores chilenos. Este processo pode ser complexo, considerando a já significativa presença chinesa no mercado de distribuição de energia do Chile.

Embora o escritório do procurador econômico chileno tenha histórico de aprovar aquisições bilionárias de empresas chinesas, o controle estrangeiro sobre infraestruturas consideradas críticas tem gerado debates públicos. A questão central reside no equilíbrio entre a abertura a investimentos externos e a proteção do interesse nacional.

A Transelec, a maior empresa de transmissão de energia do Chile, opera uma extensa rede de linhas de alta tensão, conectando centros de geração de energia aos distribuidores. Essa infraestrutura desempenha um papel crucial na integração de fontes de energia renovável à rede elétrica do país, abrangendo mais de 10.000 quilômetros.

Os fundos de pensão canadenses que detêm os 72% restantes da Transelec são o Canada Pension Plan Investment Board, a British Columbia Investment Management Corp. e o Public Sector Pension Investment Board. A Bloomberg News noticiou em dezembro de 2023 que a China Southern Power já avaliava a possibilidade de fazer uma oferta pelas participações.

A China Southern Power adquiriu sua participação atual na Transelec da Brookfield em 2018, por cerca de 1,3 bilhão de dólares. A empresa chinesa tem expandido sua atuação na América Latina, incluindo a aquisição de ativos peruanos da Enel SpA por aproximadamente 3 bilhões de dólares.

Além da China Southern Power, a State Grid Corp. da China também possui uma presença relevante no Chile, tendo adquirido empresas como a Chilquinta Energia SA e a Compania General de Electricidad SA (CGE) no início desta década.

O futuro Controle da Transelec no Chile permanece incerto, com negociações em andamento e aprovações regulatórias pendentes. O resultado dessas negociações terá um impacto significativo no setor de energia chileno e nas relações comerciais entre China e Chile.

Via InfoMoney

“`

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.