COP30: Brasil enfrenta desafios na organização do evento em Belém

A COP30 no Brasil enfrenta problemas com hospedagem e desafios logísticos. Entenda o que está acontecendo!
17/09/2025 às 14:01 | Atualizado há 11 horas
COP30 em Belém
Desafio logístico destaca a pressão sobre a diplomacia brasileira na busca por quartos acessíveis. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

O Brasil se prepara para sediar a COP30 em Belém, mas enfrenta desafios com a hospedagem acessível para os participantes. A organização do evento gera preocupações, especialmente em relação à falta de infraestrutura hoteleira na região. Muitos países ainda não conseguiram garantir reservas, o que pode afetar a participação da delegação.

A realização da COP30 é uma chance para o Brasil mostrar seu compromisso com a preservação ambiental. A escolha da Amazônia como sede é simbólica, mas as dificuldades logísticas podem ameaçar o sucesso da conferência. Enquanto isso, críticos questionam as decisões do governo relacionadas à exploração de petróleo na região, o que gera tensões no debate climático.

As autoridades locais tentam encontrar soluções para os problemas de hospedagem, como a possibilidade de uso de navios de cruzeiro. Contudo, os altos preços e as limitações financeiras para países em desenvolvimento criam um clima de incerteza. A COP30 é crucial, pois decisões tomadas ali impactam a luta global contra as mudanças climáticas.
O Brasil se prepara para sediar a COP30 em Belém, um evento de grande importância para o debate sobre as mudanças climáticas. No entanto, a organização enfrenta desafios, como a falta de hospedagem acessível, o que gera preocupação entre os participantes. A seguir, vamos entender melhor o que está acontecendo e quais as possíveis soluções para garantir o sucesso da conferência.

A realização da COP30 em Belém é vista como uma oportunidade para o Brasil mostrar seu compromisso com a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável. O país tem se posicionado como um defensor dos países em desenvolvimento e busca soluções para a crise climática global. A escolha da Amazônia como sede do evento é simbólica, já que a região é fundamental para a regulação do clima no planeta.

Entretanto, a proximidade do evento revela um cenário complexo. Os Estados Unidos, um dos maiores poluidores globais, podem não comparecer. Além disso, os recursos financeiros prometidos para auxiliar países pobres no enfrentamento de desastres climáticos ainda não foram liberados. Paralelamente, o Brasil enfrenta críticas de ativistas que questionam a autorização para a exploração de petróleo no país.

A falta de infraestrutura hoteleira adequada em Belém é um dos principais obstáculos para a realização da COP30. Muitos países ainda não conseguiram reservar quartos para suas delegações, o que dificulta a participação de todos os interessados. A diplomata de Palau, Ilana Seid, expressou sua preocupação com a situação, afirmando que é difícil discutir questões de sobrevivência sem sequer conseguir chegar ao local do evento.

Diante da dificuldade de encontrar hospedagem, autoridades brasileiras chegaram a sugerir que os delegados compartilhassem quartos, proposta que foi prontamente rejeitada. O diplomata brasileiro André Corrêa do Lago minimizou o problema, afirmando que o governo disponibilizou um número suficiente de quartos a preços acessíveis. No entanto, a disputa por hospedagem revela a falta de confiança na diplomacia climática internacional.

A situação é ainda mais delicada, considerando que os Estados Unidos, além de terem abandonado o Acordo de Paris, aumentaram a produção de petróleo e gás. André Corrêa do Lago reconheceu as dificuldades logísticas e pediu criatividade na busca de soluções. O governo informou que está buscando alternativas, como a utilização de navios de cruzeiro e imóveis privados para acomodar os participantes.

Em Belém, os preços de hospedagem dispararam, chegando a custar 600 dólares por noite. A ONU oferece subsídios para um número limitado de delegados, e o governo brasileiro afirma ter reservado opções a partir de 100 dólares para países mais pobres. Além disso, foi criada uma força-tarefa para combater práticas abusivas de hospedagem.

Apesar dos desafios, as negociações climáticas anuais continuam sendo o principal fórum global sobre o tema, especialmente para países pequenos ou pobres. Jennifer Morgan, ex-enviada climática da Alemanha, defende a importância desse espaço para a busca de soluções, embora reconheça que ele pode ser mais eficiente.

A escolha de Belém como sede da COP30, por decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tem um forte simbolismo, representando a importância da Amazônia para o equilíbrio climático. O Brasil tem se esforçado para reduzir o desmatamento e atrair investimentos para a preservação da floresta.

Ainda assim, a poucos meses da conferência, muitas delegações enfrentam dificuldades para garantir hospedagem acessível. Essa situação põe em risco todo o evento, já que os negociadores precisam se preocupar com questões logísticas em vez de se concentrarem nas discussões sobre o clima. A diplomata Ilana Seid resume a situação: “Tudo tem sido astronomicamente caro”.

Via InfoMoney

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.