Ceron critica penalizações de agências de rating e defende investimento em 2027

Em 2027, Brasil pode recuperar grau de investimento, diz Ceron. Entenda a posição sobre agências de classificação.
18/09/2025 às 12:22 | Atualizado há 2 dias
Grau de investimento
S&P e Fitch impõem restrições ao Brasil por baixo crescimento do PIB per capita. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, criticou as penalizações das agências de rating ao Brasil. Segundo ele, o país tem fundamentos econômicos sólidos que merecem uma melhor avaliação de crédito. Apesar dos desafios fiscais, Ceron acredita que o Brasil está preparado para um grau de investimento mais alto.

Ceron argumentou que as agências S&P e Fitch ainda penalizam o Brasil com base em critérios obsoletos, especialmente o crescimento do PIB per capita. Embora o Brasil esteja atrasado em relação a outras nações, ele aponta o crescimento de 3% desde 2021, indicando um cenário mais positivo do que o retratado pelas agências.

A expectativa é que o Brasil busque recuperar o grau de investimento até 2027. Ceron reforçou que essa é uma prioridade para atrair investimentos no país e fortalecer a economia. Com as mudanças e a recuperação fiscal, há esperanças de que o Brasil volte a conquistar a confiança dos investidores em breve.
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O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, manifestou que as penalizações econômicas impostas ao Brasil pelas agências de classificação de risco já não se justificam, argumentando que o país merece uma melhor avaliação de crédito. Em entrevista ao jornal Valor Econômico, Ceron reconheceu os desafios fiscais, mas ressaltou que o Brasil possui fundamentos econômicos comparáveis aos de nações com grau de investimento.

Segundo Ceron, agências como S&P e Fitch mantêm restrições adicionais ao Brasil devido ao baixo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) per capita entre 2015 e 2019. Ele contesta esse critério, afirmando que o PIB per capita tem crescido cerca de 3% desde 2021, superando o desempenho de outros países que não enfrentam as mesmas punições.

Atualmente, o Brasil está dois níveis abaixo do grau de investimento na S&P e na Fitch, e um nível abaixo na Moody’s. A administração do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, almejava recuperar o selo até 2026, mas Ceron admite que essa meta não será alcançada durante o governo atual. A expectativa é que uma revisão mais significativa ocorra somente em 2027, após o período eleitoral.

Ceron destacou que os mercados já precificam o Brasil como se o país tivesse grau de investimento, apesar das notas oficiais das agências. Ele mencionou os Credit Default Swaps (CDS) como um termômetro do risco-país, apontando que o spread brasileiro é menor do que o da Colômbia, que já possui o selo de investment grade. Para Ceron, é difícil acreditar que o mercado esteja errado e apenas as agências certas.

O secretário estima que o Brasil poderia ter uma nota acima das atuais classificações. Ele acredita que essa divergência entre o mercado e o rating formal prejudica tanto o Tesouro quanto as empresas privadas que buscam financiamento externo. A ausência do grau de investimento impede muitos fundos institucionais de investirem no país, restringindo o acesso a recursos privados e limitando a profundidade do mercado.

Apesar de reconhecer que a situação fiscal ainda representa um desafio, Ceron comparou o Brasil a outros países que mantêm notas mais elevadas devido ao dinamismo econômico, mesmo com déficits e dívidas elevadas. Ele citou o caso da Índia, que combina desequilíbrios fiscais com forte crescimento.

Ceron avaliou que, se o próximo governo fortalecer a credibilidade das regras fiscais e a trajetória da dívida, o Brasil poderá recuperar o grau de investimento entre 2027 e 2028. Ele acredita que o caminho está sendo preparado e que, com mais sinalizações fiscais, há boas chances de concretizar esse cenário.

A busca pelo grau de investimento continua sendo uma prioridade para o Brasil, visando atrair mais investimentos e fortalecer a economia a longo prazo.

Via InfoMoney

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Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.