A Motiva atualizou suas metas de eficiência para 2035, com um foco no “back to basics” e simplificação de seu portfólio. O anúncio foi feito no Investor Day em São Paulo e reflete um compromisso renovado da empresa com a otimização de processos.
O CEO Miguel Setas destacou que as novas metas são mais ambiciosas, visando alcançar um ratio de despesas operacionais inferior a 28% até 2035. Além disso, a Motiva planeja investir em seis tecnologias da Indústria 5.0, apostando em inovação para melhorar a eficiência.
A empresa também está em processo de reestruturação, criando uma nova vice-presidência de inovação e uma incubadora de negócios. Com R$ 55 bilhões em capex até o final das concessões, a Motiva espera resultados positivos, com ações subindo 22% nos últimos 12 meses.
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A Metas de eficiência da Motiva para 2035 foram atualizadas, sinalizando um retorno ao básico com expansão focada e portfólio simplificado. O anúncio, feito durante o Investor Day em São Paulo, demonstra um compromisso renovado com a otimização e sinergia nos negócios da companhia.
A Motiva (ex-CCR) reafirmou sua meta de crescimento de EBITDA de um dígito alto até 2035, alinhado com o Investor Day do ano anterior. A grande novidade é a atualização das metas de eficiência, que agora são consideravelmente mais ambiciosas. Anteriormente, a empresa visava um ratio de opex caixa/receita líquida de 38% em 2026 e 35% em 2035. Agora, a Motiva promete alcançar os 38% já em 2024 e chegar a 30% em 2030, com a expectativa de reduzir esse indicador para menos de 28% em 2035.
Segundo o CEO Miguel Setas, parte dessa melhoria nas metas de eficiência da Motiva virá de investimentos em tecnologia. A empresa está focada em seis tecnologias prioritárias da Indústria 5.0: AI generativa, big data e analytics, IOT e sensorização, robotização e automação, novos materiais e transição energética.
A otimização de contratos, negociações com fornecedores e redução do headcount também contribuirão para essa melhoria. Nos últimos dois anos, a Motiva já reduziu seu quadro de funcionários em 10%, passando de 17,7 mil para 16 mil colaboradores.
A Motiva analisou 300 projetos dentro dessas seis tecnologias e selecionou 30 para implementar nos próximos dez anos. Esses projetos têm um TIR superior a 30%, o que os torna mais vantajosos do que muitos leilões de rodovias.
Apesar de ter entregado um CAGR acima de 10% nos últimos dois anos, a Motiva optou por manter a meta de crescimento de EBITDA em um dígito alto por uma questão de prudência. A empresa prefere prometer resultados que pode entregar com segurança, mesmo em cenários econômicos mais conservadores.
Para alcançar esse crescimento, a Motiva vai apostar em um portfólio mais simplificado e em uma expansão “focada e sinérgica”, estratégia que o CEO define como um “back to basics“. A empresa já está vendendo suas operações de aeroportos e buscando um sócio minoritário para sua vertical de mobilidade urbana.
No setor de rodovias, o foco será em ativos premium e em regiões estratégicas, reduzindo o mercado potencial da companhia de R$ 120 bilhões para cerca de R$ 100 bilhões em capex. A Motiva priorizará regiões com demanda construtiva, bom ambiente de negócios e onde já possui alguma presença, buscando sinergias e economias de escala.
A lógica para mobilidade urbana é semelhante: aumentar a presença nos mercados onde já opera (São Paulo, Rio e Salvador), reduzindo o mercado potencial de R$ 70 bilhões para R$ 60 bilhões em capex.
A Motiva também anunciou mudanças em sua estrutura organizacional, criando uma vice-presidência dedicada à inovação, liderada por Pedro Sutter, e uma incubadora de novos negócios para investir em oportunidades adjacentes ao core da companhia. Além disso, a empresa vai ampliar e fortalecer seu núcleo de excelência em capex, tornando-o transversal em toda a organização.
A Motiva tem R$ 55 bilhões em capex para executar até o final de suas concessões, com a maior parte desse investimento previsto para os próximos 10 anos. As ações da Motiva subiram 22% nos últimos 12 meses e 48% desde o início do ano, elevando o valor da companhia para R$ 30 bilhões na B3.
Via Brazil Journal
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