Braskem apresenta riscos para dividendos da Petrobras, diz BTG Pactual

BTG Pactual analisa situação da Braskem e impactos nos dividendos da Petrobras.
29/09/2025 às 16:41 | Atualizado há 2 dias
Dividendos da Petrobras
Petrobras pode reduzir dividendos devido aos riscos associados à Braskem. (Imagem/Reprodução: Moneytimes)

A situação financeira da Braskem (BRKM5) gera preocupações sobre os dividendos da Petrobras (PETR4). Segundo o BTG Pactual, a petroquímica pode enfrentar reestruturação, levantando riscos e incertezas. Com a possibilidade de recuperação judicial, o cenário se torna ainda mais delicado.

O BTG Pactual destacou que a conversão de 25% da dívida da Braskem em ações exigiria aporte financeiro da Petrobras para manter sua participação ao redor de 49%. Isso significa que o dividend yield poderia cair em aproximadamente 0,8 ponto percentual, impactando o retorno aos acionistas da estatal.

A questão torna-se mais urgente com vencimentos críticos da dívida da Braskem programados para 2028. O enfraquecimento financeiro da empresa e desafios na renegociação complicam o cenário. Analistas apontam que as limitações de liquidez e o risco de diluição preocupam os acionistas atuais.
A Dividendos da Petrobras (PETR4) podem sofrer um impacto devido à situação da Braskem (BRKM5), segundo análise do BTG Pactual. A preocupação surge após a Braskem contratar assessores para reestruturar seu capital, levantando a possibilidade de recuperação judicial ou extrajudicial. Essa medida aumenta as incertezas sobre a saúde financeira da petroquímica, com a conversão de dívida em ações sendo uma alternativa considerada.

De acordo com o BTG Pactual, a reestruturação da Braskem eleva as preocupações quanto à sua estabilidade financeira, com a conversão de dívida em capital como possível solução. Em um cenário de conversão de 25% da dívida da Braskem (US$ 1,7 bilhão) em ações, a Petrobras precisaria investir capital adicional para manter sua participação de 49%.

Essa necessidade de investimento pode afetar os retornos aos acionistas da Petrobras, diminuindo o dividend yield em aproximadamente 0,8 ponto percentual, chegando a 8,2%. Atualmente, a Petrobras detém cerca de 47% das ações ordinárias da Braskem, representando 36,1% do capital total da empresa.

O banco BTG Pactual aponta que o vencimento mais crítico da dívida da Braskem está previsto para 2028. Apesar dos credores poderem aguardar até essa data, o enfraquecimento financeiro da empresa eleva o risco de chegar a 2028 em situação delicada. A renegociação do RCF é vista como crucial para manter a liquidez no curto prazo, mas enfrenta desafios diante das recentes reduções no rating de crédito da Braskem.

Mesmo com a Braskem Idesa operando sem recursos, o alívio consolidado é limitado. O BTG Pactual ressalta que a situação das ações da Braskem se tornou mais complexa, com o risco de diluição presente e limitadas alternativas, o que dificulta o cenário para os acionistas atuais.

Via Money Times

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