A Waymo tem se destacado no setor de veículos autônomos, alcançando 27% de participação de mercado em São Francisco. Esse resultado, obtido em 20 meses, revela a eficácia de uma estratégia focada na tecnologia e inovação. A empresa, que é uma subsidiária da Alphabet, aposta em um desenvolvimento meticuloso e na criação de sistemas totalmente autônomos.
Ao contrário da Waymo, a Tesla concentra seus esforços na monetização de software e na vasta coleta de dados. Enquanto a empresa de Elon Musk enfrenta um revés legal devido a um acidente com seu sistema Autopilot, a Waymo continua a expansão de seus serviços por várias cidades, como Phoenix e Los Angeles, oferecendo operações comerciais sem motorista.
Os desafios na indústria de veículos autônomos permanecem, incluindo questões regulatórias e financeiras. A competição pelo desenvolvimento de sistemas seguros e escaláveis promete moldar o futuro do transporte, com a Waymo buscando soluções abrangentes e a Tesla focando na acessibilidade de sua tecnologia.
Em um cenário de competição acirrada no mercado de transporte por aplicativos, a Waymo bate Tesla ao apresentar um crescimento notável. Em 20 meses, a empresa saltou de uma participação quase nula para 27% em São Francisco. Esse avanço demonstra a eficácia de uma estratégia focada em tecnologia, visão de longo prazo e, principalmente, paciência.
O mercado de veículos autônomos, com potencial para movimentar trilhões de dólares, presencia diferentes abordagens. A Tesla prioriza a monetização de software e coleta de dados em larga escala. Já a Waymo, subsidiária da Alphabet, aposta no desenvolvimento meticuloso de sistemas totalmente autônomos, com expansão gradual.
A origem da Waymo remonta ao laboratório de moonshots do Google, em 2009. O “Project Chauffeur”, idealizado por Sebastian Thrun, visava eliminar o erro humano no trânsito, motivado por uma perda pessoal. A segurança sempre foi a prioridade da Waymo, buscando resolver integralmente o desafio da direção autônoma.
Uma percepção crucial surgiu nos primeiros testes: a dificuldade dos humanos em lidar com sistemas “quase sempre” funcionais. Essa constatação levou a Waymo a focar na autonomia total (Nível 4), eliminando a necessidade de intervenção humana. O sistema Waymo Driver integra sensores LiDAR, câmeras de alta resolução, radares, mapas de alta definição e inteligência artificial.
Em contrapartida, a Tesla adota uma abordagem diferente, utilizando câmeras e inteligência artificial, treinando seus algoritmos com dados de milhões de veículos. Essa estratégia resulta em tecnologia mais acessível e escalável, embora ainda enfrente desafios para alcançar a autonomia plena (Nível 2).
A Tesla recentemente enfrentou um revés legal nos EUA, com um júri determinando o pagamento de US$ 329 milhões devido a um acidente fatal envolvendo o Autopilot. Esse evento levantou questionamentos sobre a segurança de sua abordagem e impactou a percepção pública do setor. Em resposta, a Tesla iniciou um programa piloto em Austin, com veículos autônomos e motoristas de segurança.
Enquanto isso, a Waymo expande suas operações. Atualmente, oferece serviços comerciais sem motorista em Phoenix, São Francisco, Los Angeles e Austin. A empresa também opera em Atlanta via Uber e planeja chegar a Dallas, Miami, Washington, D.C., além de realizar testes em Nova York.
Um aspecto fundamental do modelo de negócios da Waymo é a operação nos modelos B2C e B2B2C, integrando-se a plataformas de concorrentes. Os resultados em São Francisco demonstram o progresso da empresa, saltando de quase zero para 27% de participação em 20 meses, com um aumento significativo no número de viagens semanais.
Apesar do avanço dos veículos autônomos, persistem desafios regulatórios, tecnológicos e financeiros. A legislação para veículos autônomos é fragmentada e pode se tornar mais restritiva. O “último 1%” de situações imprevisíveis exige engenharia de redundância e simulações extensivas. Além disso, o custo elevado por veículo demanda ganhos de escala e redução de preços.
A competição pela autonomia definirá os vencedores com base na segurança e escalabilidade. A Tesla aposta no tamanho de sua frota para criar uma AI eficiente com sensores mais acessíveis, enquanto a Waymo busca resolver o problema de forma completa, com um conjunto abrangente de sensores. Essa disputa moldará o futuro da tecnologia e dos transportes.
Via Brazil Journal