O mundo da arte está em constante transformação, e a inteligência artificial (IA) tem se mostrado uma ferramenta poderosa na criação de novas obras. Recentemente, a tradicional casa de leilões Christie’s realizou sua primeira exposição dedicada exclusivamente a obras produzidas com o auxílio de ferramentas de Leilão de obras por IA, marcando um momento histórico no mercado de arte.
A exposição “Augmented Intelligence” reuniu projetos de pioneiros da IA, como Harold Cohen, e artistas contemporâneos renomados, como Refik Anadol, Pindar Van Arman, Holly Herndon & Mat Dryhurst e Claire Silver. Ao todo, foram leiloados 34 lotes, arrecadando um total de US$ 728,784 mil (R$ 4,1 milhões). A obra “Machine Hallucinations – ISS Dreams – A”, de Refik Anadol, foi o grande destaque, alcançando o valor de US$ 277,200 mil (R$ 1,5 milhão).
As obras foram expostas no Rockefeller Center, em Nova York, durante duas semanas e adquiridas exclusivamente online. Nicole Sales Giles, líder comercial de arte digital da Christie’s, expressou que as vendas confirmam a relevância da coleção, apesar de 14 obras terem sido vendidas abaixo das estimativas iniciais.
A iniciativa da Christie’s não foi isenta de controvérsia. Aproximadamente 4.000 pessoas assinaram uma carta solicitando o cancelamento do evento. A alegação principal era que as obras de arte geradas por IA dependem de conjuntos de dados treinados utilizando material protegido por direitos autorais, sem a devida compensação.
A Christie’s, por sua vez, defendeu os artistas participantes, enfatizando seu talento e multidisciplinaridade. A organização argumentou que a inteligência artificial é utilizada para aprimorar o trabalho desses artistas, reconhecendo o valor da colaboração entre humanos e máquinas no processo criativo.
Este evento, além de gerar debates sobre a ética e a autoria na arte da IA, destaca o crescente interesse do mercado de arte por novas formas de expressão e a capacidade da tecnologia de inspirar e transformar a criação artística. O Leilão de obras por IA demonstra a evolução do mercado de arte, abrindo espaço para novas formas de expressão e questionamentos sobre o papel da tecnologia na criatividade.
Os leilões de obras por IA representam um novo capítulo na história da arte, com o potencial de transformar a maneira como artistas criam e como o público interage com as obras.
Via Forbes Brasil
