O futebol, paixão nacional, também pode ser um espaço de resistência e inclusão. Em São Paulo, torcedores **LGBT**+ se organizam em coletivos para torcer por seus times sem medo do preconceito. Esses grupos lutam por respeito e visibilidade dentro e fora dos estádios, mostrando que o amor ao futebol pode e deve ser para todos. Conheça mais sobre os Coletivos LGBT de São Paulo e suas ações.
Um dos exemplos é o Porcoíris, coletivo de torcedores do Palmeiras que surgiu em resposta a manifestações preconceituosas. Carlos Monteiro, um dos diretores, afirma que o grupo busca acolher palmeirenses LGBTQIA+, oferecendo suporte e mostrando que é possível torcer com segurança. O Porcoíris atua principalmente online e em jogos de futebol feminino, onde o ambiente é menos hostil. Suas redes sociais divulgam notícias e ONGs ligadas ao ativismo LGBT+.
No Corinthians, a Fiel LGBT+ foi fundada em 2019 com o objetivo de acolher torcedores que enfrentam discriminação. Railson Oliveira, presidente do grupo, destaca o apoio recebido pela maioria dos torcedores, apesar de alguns ataques homofóbicos. Uma das maiores conquistas da Fiel LGBT+ foi levar a bandeira do arco-íris para a Neo Química Arena em 2024, um marco histórico para o coletivo. Atualmente, o grupo conta com cinco diretores e mais de 100 membros ativos.
Já o Santos Pride nasceu em 2023, idealizado por Renato Chagas, que percebeu a curta duração de outros coletivos santistas LGBT+. A iniciativa foi incentivada por Onã Rudá, um dos fundadores da Canarinhos LGBTQ, um coletivo que reúne torcidas organizadas de diversos times. Devido à queda do Santos para a Série B, o Santos Pride teve um período de hiato, mas a expectativa é que o grupo volte a crescer com o retorno do time à Série A.
A situação é um pouco diferente para a torcida do São Paulo. O clube enfrenta preconceito e homofobia, o que dificulta a formação de coletivos LGBT+ ativos. No passado, houve grupos como o Tricolor LGBTQ+, mas atualmente não estão em atividade. O Bloco Tricolor Antifa, que reúne torcedores com pautas progressistas, acaba sendo um ponto de apoio para os torcedores LGBT+, buscando tornar o ambiente do futebol mais inclusivo.
Apesar dos desafios, esses coletivos LGBT de São Paulo demonstram a importância da representatividade e da luta contra a discriminação no esporte. Suas ações contribuem para um futebol mais diverso e acolhedor, onde todos os torcedores se sintam seguros e respeitados.