A Denúncia contra Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado ganhou um novo capítulo com o ex-presidente questionando a legalidade das investigações. A defesa foi apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF), e Bolsonaro ironizou as acusações, minimizando as alegações da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Bolsonaro, ao comentar a Denúncia contra Bolsonaro, fez uma comparação inusitada. Ele alegou que sua suposta trama golpista envolveria personagens como o Pateta, Mickey Mouse e Pato Donald. A declaração foi uma resposta à acusação de que ele teria planejado um golpe de Estado enquanto estava nos Estados Unidos, período em que ocorreram os ataques aos prédios dos Três Poderes em Brasília.
O ex-presidente também se defendeu, afirmando que não possuía “força nenhuma” para articular um golpe. Ele mencionou ter indicado, ainda em seu governo, comandantes das Forças Armadas para a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva. Bolsonaro também negou qualquer ligação entre os atos de 8 de janeiro e uma suposta trama golpista.
A defesa de Bolsonaro solicitou que o caso seja julgado no plenário do STF, em vez de ser analisado pela Primeira Turma da Corte. Além disso, foi pedida a divulgação integral da delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, alegando que o Supremo divulgou o conteúdo de forma seletiva.
Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, também se manifestou sobre a Denúncia contra Bolsonaro. Durante a Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), ele ironizou a acusação, referindo-se a um “golpe de Estado da Disneylândia”.
A alegação de divulgação seletiva da delação de Mauro Cid é um ponto central na estratégia de defesa. A defesa busca ter acesso à íntegra dos documentos para contestar as acusações e garantir um julgamento justo. A decisão do STF sobre o formato do julgamento, se no plenário ou na Primeira Turma, também será crucial para o futuro do caso.
Os próximos passos incluem a análise da defesa pelo STF e a definição sobre o formato do julgamento. A solicitação de acesso integral à delação de Mauro Cid também será analisada pela Corte. O desenrolar desses eventos será determinante para o futuro da Denúncia contra Bolsonaro.