A Kering anunciou a venda de seu negócio de beleza para a L’Oréal por € 4 bilhões, além de estabelecer uma parceria de licenciamento para 50 anos. Esta estratégia visa fortalecer a posição da Kering no mercado, enquanto a L’Oréal poderá expandir sua linha de fragrâncias e cosméticos.
Os efeitos financeiros da transação foram rápidos: as ações da Kering subiram 4%, enquanto a L’Oréal viu um leve aumento de 0,5%. Este movimento é considerado um passo positivo para o novo CEO, Luca de Meo, que busca recuperar a saúde financeira da Kering após desafios recentes, incluindo altas dívidas e queda nas vendas.
O retorno ao modelo de licenciamento representa uma mudança significativa na abordagem da Kering. Em vez de controlar diretamente o negócio de beleza, a empresa opta por dividir a lucratividade com a L’Oréal, o que pode resultar em margens de lucro maiores. A expectativa é que o acordo seja finalizado até o meio do próximo ano.
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A Kering, conglomerado de marcas de luxo como Gucci e Balenciaga, anunciou a venda de negócio de beleza para a L’Oréal por € 4 bilhões. O acordo também estabelece uma parceria estratégica, na qual a Kering licenciará suas marcas para a L’Oréal desenvolver e distribuir fragrâncias e cosméticos pelos próximos 50 anos.
A transação financeira impactou positivamente as ações de ambas as empresas. As ações da Kering subiram 4% em Paris, atingindo € 322, enquanto as da L’Oréal tiveram um aumento de 0,5%, chegando a € 392,60.
Este acordo marca a primeira grande iniciativa do novo CEO da Kering, Luca de Meo, visando a recuperação das finanças da empresa, que é controlada pela família Pinault.
A Kering enfrentava desafios como a queda nas vendas, influenciada pela diminuição do consumo na China e pelas tarifas impostas pelo governo Trump. Além disso, a empresa lidava com um alto nível de endividamento, com uma dívida líquida que atingiu os € 10 bilhões no segundo trimestre.
O desempenho operacional abaixo do esperado da Kering culminou na saída de François-Henri Pinault do cargo de CEO, abrindo caminho para a liderança de Luca de Meo. Em sua posse, De Meo, ex-CEO da Renault, declarou que suas prioridades seriam a redução da dívida e dos custos operacionais da empresa.
Com a venda, o executivo reverte a estratégia anterior da Kering de expandir e controlar diretamente seu setor de beleza, retomando o modelo de licenciamento e royalties. A L’Oréal já detinha a licença da marca Yves Saint Laurent, a segunda maior da Kering, atrás da Gucci.
Segundo Piral Dadhania, analista da RBC Capital Markets, o acordo representa uma mudança estratégica significativa para as ambições da Kering no segmento de beleza. Dadhania também aponta que o retorno ao licenciamento demandará menos capital, menor alavancagem operacional e, possivelmente, margens de lucro maiores, mesmo que divididas com a empresa licenciada.
A expectativa é que o acordo seja finalizado no primeiro semestre do próximo ano. Atualmente, a Kering possui um valor de mercado de € 40 bilhões, enquanto a L’Oréal está avaliada em € 211 bilhões.
Via Brazil Journal
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