Lula defende diálogo e rejeita tarifas em discurso na Malásia

Em discurso na Malásia, Lula critica tarifas de Trump e defende diálogo entre nações.
25/10/2025 às 16:42 | Atualizado há 8 horas
               
Tarifas impostas por Trump
Diálogo e cooperação entre países do Sul Global são essenciais para o nosso futuro. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

Durante um pronunciamento na Malásia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou o compromisso do Brasil em promover o diálogo e a colaboração entre as nações do Sul Global. Ele fez duras críticas às tarifas impostas por Trump, posicionando-se contra medidas protecionistas. As sobretaxas, que afetam diversos produtos brasileiros, são vistas como um obstáculo às relações comerciais entre os países.

Em meio a expectativas sobre seu encontro com Trump, Lula destacou que discutirá as taxações como prioridade. Seus comentários refletem a busca por uma relação mais equilibrada entre Brasil e Estados Unidos, que completam 201 anos de diplomacia. O presidente também expressou otimismo em relação à possibilidade de solução pacífica para as divergências.

Lula ainda salientou a importância de garantir um sistema internacional mais justo e equitativo. Ele criticou a desigualdade no poder de voto no FMI e defendeu uma abordagem mais colaborativa entre as nações, enfatizando que o diálogo é essencial para a construção de um mundo multipolar. Essas iniciativas visam fortalecer as relações comerciais e promulgar um desenvolvimento sustentável.
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Durante um pronunciamento na Malásia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou o compromisso do Brasil em impulsionar o diálogo e a colaboração entre as nações do Sul Global. O discurso também abordou críticas às Tarifas impostas por Trump, marcando uma posição firme contra medidas protecionistas.

Essa declaração ocorreu em um momento crucial, às vésperas do primeiro encontro entre Lula e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que implementou uma série de taxações contra o Brasil. Desde agosto, diversos produtos brasileiros têm sido alvo de sobretaxas que alcançam 50%.

Lula enfatizou que a maioria da população mundial compartilha o desejo comum por justiça e superação das desigualdades. Ele expressou rejeição à guerra como instrumento político e criticou as tarifas como mecanismos de coerção. “Nações que não cederam ao colonialismo e à dicotomia da Guerra Fria não se intimidarão diante de ameaças irresponsáveis”, afirmou durante um evento na Universidade Nacional da Malásia, onde recebeu o título de Doutor Honoris Causa em Filosofia e Desenvolvimento Internacional e Sul Global.

Em relação à reunião com Trump, Lula esclareceu que nenhum tema será vetado, mas a prioridade é abordar o equívoco das taxações contra o Brasil. O presidente expressou confiança na possibilidade de avançar nas negociações e restabelecer uma relação civilizada com os EUA, que já dura 201 anos.

Lula mencionou que Trump está ciente do aumento nos preços da carne e do café nos EUA, e que pretende discutir o que o Brasil espera dos EUA e o que o país tem a oferecer. “Não existe veto a nenhum assunto”, declarou em uma coletiva de imprensa na Indonésia, onde foram firmados oito acordos comerciais.

Após a coletiva, Lula manifestou otimismo quanto a uma solução para as divergências entre os dois países, enfatizando a importância de colocar os problemas na mesa e buscar um entendimento mútuo.

No evento na Universidade Nacional da Malásia, o presidente também destacou o papel fundamental do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) na luta por um mundo multipolar, menos assimétrico e mais pacífico.

Lula defendeu uma ordem global baseada no diálogo, na diplomacia e na igualdade soberana das nações, elementos centrais da proposta brasileira de reforma das Nações Unidas. Ele criticou o recrudescimento do protecionismo e a paralisia da Organização Mundial do Comércio, que impõem uma situação de assimetria insustentável para o Sul Global.

O presidente argumentou que é hora de interromper os mecanismos que sustentam o financiamento do mundo desenvolvido às custas das economias emergentes e em desenvolvimento. Ele considerou inaceitável que os países ricos tenham nove vezes mais poder de voto no FMI do que o Sul Global.

Em um cenário global marcado por tensões comerciais e disputas tarifárias, a postura do Brasil em buscar diálogo e cooperação se destaca como um caminho para a construção de um mundo mais justo e equilibrado. As Tarifas impostas por Trump são vistas como um obstáculo a essa visão, e o governo brasileiro busca revertê-las por meio de negociações diplomáticas.

A reunião entre Lula e Trump é aguardada com expectativa, e a disposição de ambos os líderes em discutir abertamente as divergências pode abrir caminho para uma nova fase nas relações bilaterais. A busca por soluções que beneficiem ambos os países é essencial para fortalecer a parceria e promover o crescimento econômico mútuo.

A defesa de uma ordem internacional mais justa e equitativa, com a valorização do diálogo e da cooperação, é um pilar da política externa brasileira. O país se posiciona como um importante articulador entre as nações do Sul Global, buscando promover o desenvolvimento sustentável e a superação das desigualdades.

O Brasil continuará a trabalhar em prol de um mundo multipolar, com a participação ativa dos países emergentes na tomada de decisões globais. A reforma das Nações Unidas e a revitalização da Organização Mundial do Comércio são consideradas prioridades para garantir um sistema multilateral mais eficiente e representativo.

Via InfoMoney


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Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.