A dificuldade de Investimento para mulheres em startups ainda é uma realidade. Um exemplo disso é a pergunta feita à Ingrid Barth, cofundadora da PilotIn e ex-presidente da Abstartups: “Quem vai lavar a louça se você quer montar um banco?”. Essa situação, ocorrida durante a busca por recursos para sua primeira startup, a Linker (posteriormente vendida para a Omie), ilustra os desafios enfrentados por empreendedoras. Apesar de casos extremos de machismo serem menos frequentes, a desigualdade no acesso a capital persiste.
Dados do relatório “US All In: Female Founders in the VC Ecosystem”, do PitchBook, mostram que menos de 20% do Investimento total em startups nos EUA em 2024 foi para empresas fundadas por mulheres. O número de rodadas de Investimento lideradas por mulheres caiu pelo terceiro ano seguido, atingindo o menor patamar desde 2018, embora ainda represente mais de 25% do total.
No Brasil, o cenário é ainda mais crítico. Em 2020, startups fundadas exclusivamente por mulheres receberam apenas 0,04% do Investimento total, segundo o “Female Founders Report 2021” do Distrito, Endeavor e B2Mamy. Um levantamento do Startups em 2023 apontou que startups com mulheres entre os fundadores receberam menos de 12% dos Investimentos das principais gestoras de Venture Capital do país.
A representatividade feminina no ecossistema de startups também é baixa. Apenas 19,2% dos fundadores são mulheres, conforme o Mapeamento do Ecossistema Brasileiro de Startups 2024 da Abstartups. Esses dados reforçam a necessidade de maior inclusão e igualdade no Investimento para mulheres em startups, um desafio que precisa ser superado para um ecossistema mais justo e representativo. A mudança nesse cenário depende de ações concretas para ampliar o acesso das mulheres ao capital, promovendo um ambiente mais diverso e inovador.
Via Startups