O Bradesco divulgou resultados positivos para o terceiro trimestre, com lucro de R$ 6,2 bilhões, marcando um crescimento de 18,8% em relação ao ano passado. O banco mostrou um leve aumento no Retorno sobre Patrimônio Líquido (ROE), que alcançou 14,7%. Isso demonstra uma recuperação nas operações financeiras.
A margem com clientes teve um crescimento expressivo, subindo 19% no ano e 4,8% no trimestre. A expansão da carteira de crédito e do spread médio contribuiu para esse aumento, refletindo a capacidade do Bradesco de crescer de forma rentável. A inadimplência se manteve estável, embora tenha havido um ligeiro crescimento nas contas de pessoas físicas.
Além disso, a seguradora do Bradesco apresentou bons resultados, com um lucro de R$ 2,5 bilhões e um aumento na eficiência. Apesar dos resultados encorajadores, a alta das despesas operacionais levantou preocupações. O mercado aguarda melhorias na eficiência operacional para sustentar o crescimento do ROE no futuro.
O Bradesco apresentou mais um trimestre com resultados positivos, alinhados com as expectativas do mercado. O lucro no terceiro trimestre alcançou R$ 6,2 bilhões, representando um aumento de 2,3% em relação ao trimestre anterior e um crescimento de 18,8% na comparação com o ano anterior. O Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) registrou um leve aumento de 0,1 ponto percentual, atingindo 14,7%.
Um dos destaques positivos foi o aumento da margem com clientes, que apresentou um crescimento de 4,8% no trimestre e um aumento de 19% no ano. Esse crescimento é resultado da expansão da carteira de crédito e do spread médio, indicando que o banco está retomando sua capacidade de crescer com rentabilidade. A carteira de crédito também apresentou um crescimento de 1,6% no trimestre e de 9,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Um analista do sellside destacou que a tendência central de crédito do banco, que engloba a variação da carteira, o spread e as provisões, tem sido positiva. A inadimplência acima de 90 dias se manteve estável em 4,1% em setembro. Houve uma diminuição nos atrasos das PMEs, passando de 4,3% em junho para 3,7% em setembro.
A inadimplência das pessoas físicas, por outro lado, apresentou um aumento, passando de 5,1% para 5,4% no mesmo período. De acordo com o Bradesco, esse aumento foi influenciado pelas operações do Banco John Deere, adquirido em agosto de 2024. A margem com o mercado foi de R$ 99 milhões, um resultado consideravelmente melhor do que o reportado pelo Santander.
Tradicionalmente, os bancos costumam registrar perdas na tesouraria em períodos de alta dos juros, mas o Bradesco realizou um ajuste relevante nos últimos trimestres e passou a apresentar resultados positivos nessa área. Além disso, o Bradesco também expandiu as receitas com serviços, registrando um aumento de 2,8% no trimestre e de 6,9% no ano.
A seguradora do Bradesco continuou a apresentar bons indicadores, com uma diminuição da sinistralidade e um lucro de R$ 2,5 bilhões no trimestre, representando um aumento de 10,3% em relação ao trimestre anterior e de 6,5% na comparação anual. O ROE da operação de seguros também apresentou um aumento, passando de 21,4% no segundo trimestre para 22,4% no terceiro trimestre.
Apesar dos resultados positivos, o mercado esperava um desempenho ainda melhor. As ações do banco registraram uma alta de 3,2%, influenciadas pela expectativa de um resultado acima do esperado. No acumulado do ano, as ações do Bradesco apresentaram uma alta de 65%, enquanto o Itaú subiu 42% e o Santander, 25%.
O ponto de atenção foi o aumento das despesas operacionais, que registraram um crescimento de 3,7% no trimestre e de 9,6% no ano. De acordo com um analista, o Bradesco tem se beneficiado de seu turnaround, mas a expansão do ROE no futuro dependerá da melhoria da eficiência e do controle de despesas.
Via Brazil Journal