Anatel derruba My Family Cinema e outras plataformas de streaming piratas no Brasil

Anatel bloqueia My Family Cinema e mais de 30 plataformas piratas para combater a pirataria no Brasil.
03/11/2025 às 09:23 | Atualizado há 1 dia
               
My Family Cinema
Operação na Argentina derruba plataformas piratas, impactando streaming no Brasil. (Imagem/Reprodução: Tecmundo)

A Anatel anunciou a derrubada de mais de 30 plataformas de streaming piratas no Brasil, numa operação conjunta com autoridades argentinas. Entre os serviços impactados está o My Family Cinema, popular entre os consumidores brasileiros por oferecer filmes e séries de forma irregular.

O My Family Cinema funcionava por meio de assinatura mensal e tinha servidores na Argentina, onde a decisão judicial ocorreu, afetando diretamente os usuários brasileiros. A Anatel informou que continua ativa no combate à pirataria, embora não tenha participado diretamente dessa operação.

O bloqueio gerou reclamações dos assinantes, que relatam interrupção súbita sem aviso e falta de suporte. A agência alerta para os riscos do uso de serviços não homologados, como fraudes e malwares, e reforça a importância de consumir conteúdo legal para garantir segurança digital.
A batalha contra a pirataria de streaming ganhou um novo round neste fim de semana, com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) anunciando a derrubada de mais de 30 plataformas ilegais. A ação, que ocorreu no sábado (1º), foi resultado de uma operação conjunta com autoridades argentinas. Entre os serviços afetados, destaca-se o My Family Cinema, conhecido por sua popularidade no Brasil devido ao acesso irregular a filmes e séries.

O My Family Cinema, que operava de maneira similar à Netflix, oferecendo um vasto catálogo acessível por meio de um aplicativo e assinatura mensal em diversos dispositivos, teve seus servidores localizados na Argentina. A decisão judicial para a derrubada partiu desse país, impactando diretamente os consumidores brasileiros que utilizavam o serviço. A Anatel esclareceu que, embora não tenha participado diretamente da operação, continua empenhada no combate à pirataria no Brasil.

A queda do My Family Cinema gerou reações imediatas entre os usuários pagantes, com relatos de interrupção do serviço e aplicativos inoperantes. No site Reclame Aqui, a reputação do serviço já é considerada “não recomendada”, com diversas queixas sobre o fim abrupto da plataforma e a falta de suporte ou perspectiva de reembolso para os assinantes.

De acordo com o Reclame Aqui, o My Family Cinema acumula 190 reclamações não respondidas, com usuários expressando frustração pela interrupção inesperada e ausência de comunicação. Há relatos de que mesmo com mudanças de nome, como Eppi TV e Yoon Cinema, a plataforma continuou a ser derrubada. Um dos clientes reclamou que o serviço foi interrompido unilateralmente e sem aviso, o que vai contra o Código de Defesa do Consumidor.

A Anatel tem intensificado suas ações contra o consumo de conteúdo ilegal, alertando que o uso de plataformas e dispositivos não homologados pode expor os usuários a riscos cibernéticos e fraudes. A agência recomenda que os consumidores assinem apenas serviços regulares e desconfiem de pacotes com preços muito baixos. Foram identificados casos de malwares pré-instalados em TV Boxes piratas, como o Bad Box 2.0, que roubam senhas e promovem fraudes.

O bloqueio do My Family Cinema faz parte de um conjunto de iniciativas da Anatel para combater a pirataria audiovisual no Brasil. Em setembro de 2024, foi lançado o Hackathon TV Box, um concurso que premiou desenvolvedores com até R$ 7 mil por soluções para detectar e bloquear dispositivos irregulares. A agência busca interromper o tráfego de dados de aparelhos não homologados, protegendo consumidores e redes de telecomunicações.

A Anatel tem colaborado com entidades internacionais e operadoras locais para reduzir o alcance do mercado paralelo de streaming e fortalecer o ecossistema legal de entretenimento no país. A agência reforça a importância de equilibrar inovação e segurança digital, buscando soluções tecnológicas para mitigar os riscos associados ao consumo de conteúdo ilegal.

Via TecMundo

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.