A VTEX, plataforma brasileira de comércio eletrônico, completou 25 anos e optou por fazer seu IPO nos Estados Unidos em 2021. Apesar de sua origem e base inicial no Brasil, os fundadores Mariano Gomide e Geraldo Thomaz buscaram a NYSE para fortalecer sua presença global.
O principal motivo para essa escolha foi a estratégia de marketing e expansão internacional, facilitando o acesso a mercados como EUA e Europa. A empresa queria evitar desafios burocráticos e de liquidez que a bolsa brasileira imporia, além de fortalecer sua imagem como uma marca “American friendly”.
Mesmo com desafios pós-IPO e oscilações do mercado, a VTEX tem apresentado crescimento consistente em margem e resultados. Os fundadores veem a decisão como acertada e acreditam que abriram caminho para outras empresas brasileiras no mercado internacional.
A plataforma de software de comércio eletrônico **VTEX**, que completa 25 anos, optou por abrir seu capital nos Estados Unidos em 2021, mesmo já possuindo uma base de clientes internacionais. Os coCEOs e fundadores, Mariano Gomide e Geraldo Thomaz, decidiram pela listagem nos EUA em vez da bolsa brasileira. Mariano Gomide compartilhou os motivos dessa escolha durante uma entrevista ao InfoMoney.
Mariano Gomide explicou que a VTEX iniciou suas operações focada no Brasil, expandindo-se globalmente após dez anos, começando pela América Latina e chegando à América do Norte e Europa. Esse crescimento coincidiu com a pandemia, impulsionando o comércio online e gerando perspectivas de crescimento contínuo. Em 2021, a empresa realizou seu IPO nos EUA.
Segundo Gomide, o IPO nos EUA foi bem-sucedido, com as ações abrindo a US$ 19 e alcançando US$ 32 em poucos meses. Ele atribui esse sucesso ao momento oportuno e à preparação da empresa para a abertura de capital, aproveitando um período favorável no mercado.
Apesar de enfrentar desafios após o IPO nos EUA, com o aumento das taxas de juros impactando empresas de capitalização intermediária, a VTEX continuou a apresentar resultados positivos. Nos últimos 12 meses, a empresa tem demonstrado um aumento consistente em sua margem bruta e margem líquida.
Gomide também mencionou que a rápida expansão durante a pandemia trouxe desafios operacionais, que foram superados com ajustes na equipe. Atualmente, a VTEX está bem estruturada globalmente e com um time adequado, o que o faz acreditar em um futuro promissor.
O empreendedor destacou o orgulho de ver a VTEX reconhecida como uma marca global de software, ao lado de empresas como Adobe, SAP e Oracle, representando a engenharia brasileira no mercado internacional. A empresa lançou diversos produtos e serviços novos nos últimos meses, visando um maior crescimento no Brasil e na América Latina.
Mariano Gomide explicou que a decisão de realizar o IPO nos EUA foi motivada principalmente por razões de marketing. A VTEX almeja se tornar uma empresa global, com maior participação nos mercados dos Estados Unidos e Europa.
Para Gomide, abrir o capital na New York Stock Exchange (NYSE) fortalece a imagem da empresa como “American friendly“, facilitando a expansão e as vendas no mercado internacional. Ele acredita que seria mais difícil para a VTEX atuar globalmente sendo uma empresa pública brasileira.
Gomide também abordou a questão de não abrir o capital no Brasil, explicando que seria necessário diluir a liquidez das ações, o que não faria sentido técnico naquele momento. Ele expressou o desejo de, no futuro, permitir que os brasileiros participem e compartilhem o sucesso da empresa, mas, por enquanto, essa opção não é viável.
A NYSE é vista como um clube exclusivo, com poucas empresas brasileiras de tecnologia tendo acesso. A VTEX, ao abrir seu capital lá, abre caminho para outras empresas de engenharia brasileiras, seja de gestão, manufatura ou software.
Olhando para trás, Gomide reafirma que a escolha de abrir o capital nos Estados Unidos foi acertada, e ele tomaria a mesma decisão novamente.
Via InfoMoney