JBS, MBRF e Danone antecipa nova demanda por proteínas impulsionada pelo uso do Ozempic

Uso de Ozempic impulsa demanda por proteínas no Brasil; JBS, MBRF e Danone inovam para atender nova tendência.
04/11/2025 às 07:44 | Atualizado há 3 dias
               
Proteína com Ozempic
Indústria ajusta oferta para consumidor que come menos e busca mais proteína. (Imagem/Reprodução: Investnews)

No Brasil, o consumo de proteínas tem ganhado destaque devido ao uso crescente de medicamentos como Ozempic e Mounjaro. Esses remédios, que promovem saciedade e reduzem o apetite, influenciam uma mudança nos hábitos alimentares, colocando as proteínas no centro das refeições.

Empresas como JBS, MBRF e Danone estão adaptando seus produtos para esse novo cenário, lançando linhas com maior teor proteico. Essa transformação atende à demanda de consumidores que buscam opções mais nutritivas e equilibradas, reforçando a importância da proteína na dieta.

Especialistas alertam que, apesar dos benefícios em controle de peso, é fundamental acompanhamento médico para evitar perda de massa muscular. A nova tendência acelera uma reeducação alimentar focada em saúde e qualidade nutricional.
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No cenário alimentar brasileiro, a proteína com Ozempic se tornou um ponto focal, impulsionada pela crescente popularidade de medicamentos como Ozempic e Mounjaro. Essa mudança reflete uma nova abordagem no consumo, onde a proteína assume o papel principal nas refeições, influenciando tanto a dieta individual quanto as estratégias da indústria alimentícia.

A utilização de análogos de GLP-1, como a semaglutida (Ozempic e Wegovy) e a tirzepatida (Mounjaro), tem um impacto significativo nos hábitos alimentares. Estes medicamentos atuam imitando o GLP-1, um hormônio que promove a saciedade e reduz o apetite, levando a uma menor ingestão de alimentos.

A restrição calórica resultante do uso de medicamentos para perda de peso pode levar à diminuição da massa muscular se não houver uma compensação adequada. A orientação de médicos e nutricionistas é crucial para garantir que a ingestão de proteínas seja suficiente para preservar a massa magra durante o processo de emagrecimento.

Wesley Batista, da JBS, destaca que a demanda por proteína ultrapassou a capacidade de produção nos Estados Unidos, evidenciando uma tendência global. Segundo ele, mesmo sem determinar o impacto exato de medicamentos como Ozempic e Mounjaro, fica claro que a proteína se tornou um elemento central na dieta das pessoas.

Como o aumento no consumo de proteína com Ozempic está moldando o mercado?

Descrição da imagem

O aumento no consumo de proteína com Ozempic não se limita a um grupo específico. A busca por dietas com baixo teor de carboidratos tem crescido constantemente, intensificando a demanda por alimentos ricos em proteína. O mercado de medicamentos para obesidade no Brasil demonstra um potencial bilionário, com a expectativa de crescimento após a quebra da patente da semaglutida.

Estima-se que uma parcela significativa da população brasileira poderá utilizar medicamentos análogos de GLP-1 nos próximos anos, o que impulsiona as empresas do setor alimentício a inovar em seus produtos. O Brasil, já sendo um dos maiores consumidores de carne bovina e de frango, vê suas empresas se adaptarem a essa nova realidade.

Quais empresas estão inovando no mercado de proteína com Ozempic?

A Seara, da JBS, lançou a linha “Protein”, oferecendo refeições congeladas com alto teor de proteína, visando atender consumidores que buscam uma alimentação mais equilibrada. A linha foi testada com consumidores e, embora um pouco mais cara que as opções tradicionais, oferece um diferencial nutricional relevante.

A Marfrig (MBRF), detentora das marcas Sadia e Perdigão, também investiu em refeições proteicas com a linha “Meu Menu”. Luiz Franco, da MBRF, ressalta que os consumidores buscam refeições menores, equilibradas e com alto valor proteico. Estudos indicam que muitos brasileiros consomem refeições congeladas regularmente, justificando a aposta das empresas nesse tipo de produto.

A Danone também está adaptando seu portfólio para atender às novas demandas do mercado, combinando proteína, fibras e probióticos em produtos como Yopro, Activia 000 e Danone 5 Zeros. Marcelo Bronze, da Danone, vê a ascensão dos medicamentos à base de GLP-1 como parte de um movimento maior em direção à gestão de peso e saúde.

Quais são os efeitos do consumo de proteína com Ozempic?

Nos Estados Unidos, onde o uso de medicamentos como Ozempic e Mounjaro é mais difundido, houve uma queda nos gastos com alimentos nos lares que utilizam esses medicamentos. Paralelamente, houve um aumento no consumo de produtos ricos em proteína e fibras, enquanto o consumo de snacks e ultraprocessados diminuiu.

Medicamentos à base de GLP-1 alteram a percepção da fome, prolongando a saciedade. O cardiologista Pedro Farsky explica que estes medicamentos podem reduzir o apetite significativamente, levando à perda de peso. No entanto, é fundamental o acompanhamento médico para garantir que a perda de peso não resulte em perda de massa muscular.

A nutricionista Lara Natacci recomenda uma ingestão adequada de proteína para preservar a massa magra e evitar a perda de força e imunidade durante o emagrecimento. Ela também alerta para os riscos do excesso de proteína, que pode sobrecarregar os rins.

Em resumo, a busca por proteína com Ozempic reflete uma mudança de comportamento, onde os consumidores buscam alimentos com maior densidade nutricional. Este movimento, impulsionado tanto pela ciência quanto pela indústria, aponta para uma reeducação alimentar acelerada pelas novas tecnologias e produtos disponíveis no mercado.

Acompanhe as próximas atualizações para saber como essa tendência continuará a moldar o mercado alimentício e os hábitos dos consumidores.

Via InvestNews

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Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.