Selic em 15% desafia pequenos negócios e testa a resiliência da gestão

Apesar de a inflação apresentar sinais de controle, o custo do dinheiro elevado freia o investimento produtivo e o consumo das famílias
06/11/2025 às 16:27 | Atualizado há 4 horas
               

O recuo da inflação e a desaceleração da economia levaram o Banco Central (BC) a manter, por unanimidade, a Taxa Selic em 15% ao ano, conforme decisão do Comitê de Política Monetária (Copom). Essa é a segunda reunião consecutiva em que o Copom opta por não alterar os juros básicos da economia, que permanecem no maior patamar desde julho de 2006.

A decisão, já esperada pelo mercado financeiro, traz impactos diretos para empresas e pequenos negócios, que continuam enfrentando um cenário de crédito caro e acesso restrito a financiamentos. Apesar de a inflação apresentar sinais de controle, o custo do dinheiro elevado freia o investimento produtivo e o consumo das famílias, fatores essenciais para o crescimento de micro e pequenas empresas.

O empresário que atua em setores sensíveis à variação do consumo precisa redobrar a atenção com o fluxo de caixa e a gestão de custos. A manutenção dos juros em um nível tão alto exige planejamento financeiro rigoroso e eficiência administrativa para manter a operação sustentável”, explicou o Adm. Rodrigo de Souza Ribeiro, Conselheiro Suplente do Conselho Regional de Administração do Espírito Santo (CRA-ES).

Segundo ele, o momento é de cautela e estratégia. “Quem conseguir inovar na gestão, negociar prazos e diversificar fontes de receita, conseguirá atravessar o período de estabilidade dos juros com mais segurança”, destacou.

Mesmo com o crédito caro, o cenário traz um ponto positivo: a previsibilidade econômica. Ao manter a Selic, o Banco Central reforça o compromisso com o controle da inflação, o que dá maior segurança a investidores e fornecedores e favorece o planejamento de longo prazo das organizações.

No entanto, o desafio segue maior para os pequenos negócios, que têm menos margem de manobra financeira. Em um ambiente de juros altos e crescimento moderado, a boa administração se torna o principal diferencial competitivo.

Via: Conselho Regional de Administração do Espírito Santo

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.