Brasil recebeu quase 2 milhões de TV boxes ilegais da China em um ano, revela associação

Brasil importou cerca de 1,7 milhão de TV boxes ilegais da China em 2023, aponta associação que combate pirataria audiovisual.
07/11/2025 às 06:21 | Atualizado há 10 horas
               
Derrubada de apps piratas
Maioria dos aparelhos ilegais chega pelo Porto de Santos e usa serviços bloqueados. (Imagem/Reprodução: G1)

Em 2023, o Brasil importou aproximadamente 1,7 milhão de TV boxes ilegais da China, muitas já com aplicativos de streaming pirata instalados. A investigação da Alianza, associação contra a pirataria, revelou que esses aparelhos também circulam na Argentina e no Paraguai.

O esquema de distribuição dessas TVs piratas movimenta até US$ 200 milhões por ano e envolve equipes organizadas para marketing, vendas e suporte. A maioria das importações chega pelos portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR), segundo dados oficiais.

A Anatel alerta para os riscos dos aparelhos não homologados, que podem causar interferências e vulnerabilidades nos usuários. A repressão a esses dispositivos é contínua, com foco em proteger o consumidor e garantir o acesso a conteúdos legais e seguros.
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A repressão à pirataria de streaming no Brasil ganhou um novo capítulo com a recente Derrubada de apps piratas que operavam através de TV boxes não homologadas. Uma investigação, que se estendeu até a Argentina, revelou um esquema bilionário e resultou na desativação de 14 plataformas ilegais. O Brasil, um dos principais destinos desses dispositivos, viu a apreensão de milhares de aparelhos e o desmantelamento de uma rede complexa de distribuição e operação.

Em 2023, o Brasil importou aproximadamente 1,7 milhão de TV boxes irregulares da China, conforme dados da Alianza, uma associação que combate a pirataria audiovisual na América Latina. Esses dispositivos frequentemente vêm de fábrica com aplicativos de streaming piratas já instalados, como My Family Cinema e TV Express, que agora estão fora do ar.

A Alianza identificou que a maior parte desses dispositivos entra no país por via marítima, com cerca de 50% desembarcando no Porto de Santos (SP) e 21% no Porto de Paranaguá (PR). Jorge Alberto Bacaloni, presidente do conselho da Alianza, explicou que a identificação é feita através de uma análise detalhada dos registros de importação, focando no preço e peso das cargas.

A Derrubada de apps piratas foi resultado de uma investigação iniciada pelo Ministério Público Fiscal de Buenos Aires, após uma denúncia da Alianza. Em agosto de 2025, a justiça argentina autorizou buscas em escritórios de empresas que funcionavam como centrais do esquema, revelando uma estrutura com equipes de marketing, vendas, atendimento ao cliente e tradução de aplicativos.

A operação apreendeu diversos equipamentos eletrônicos, dinheiro em espécie e criptomoedas, evidenciando o faturamento anual estimado entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões. A estrutura técnica do esquema, hospedada na China, demandou um tempo adicional para ser desativada, demonstrando a complexidade da operação.

A Derrubada de apps piratas não impede que novas plataformas surjam. As TV boxes, também conhecidas como aparelhos de IPTV, são permitidas no Brasil desde que sejam homologadas pela Anatel. A agência reguladora explica que a homologação garante que os aparelhos atendam aos requisitos técnicos de emissão de radiofrequências, segurança cibernética e uso adequado das redes de telecomunicações.

A Anatel colabora com diversas entidades para bloquear o funcionamento de TV boxes não homologadas e combater o conteúdo de streaming pirata. A agência alerta que, além de viabilizar a pirataria, esses dispositivos podem interferir em outros aparelhos e permitir ataques hackers às redes dos usuários.

Diante da Derrubada de apps piratas, é crucial que os consumidores verifiquem a homologação de suas TV boxes e optem por serviços de streaming legais, garantindo assim a segurança de seus dados e a qualidade do conteúdo que consomem. A luta contra a pirataria é um esforço contínuo que envolve autoridades, empresas e consumidores.

Via G1
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Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.