Al Gore, ex-vice-presidente dos EUA, alertou na COP30 sobre a fase mais frágil da transição energética mundial. Ele comparou a situação atual a um fazendeiro que nega seus ferimentos, reforçando a urgência de mudanças.
O ativista destacou que, apesar dos avanços, o mundo ainda emite 175 milhões de toneladas diárias de gases de efeito estufa. Ele apontou que o calor extremo já prejudica a produtividade global, gerando grandes perdas econômicas.
Gore também ressaltou a importância do Brasil na transição para uma economia verde, citando seu potencial em energia limpa e recursos naturais. A conferência reforçou o papel do setor privado e a necessidade de ação política imediata para conter a crise climática.
Al Gore, renomado ativista climático e ex-vice-presidente dos Estados Unidos, proferiu um alerta impactante sobre o estado atual da **transição energética** durante o Climate Implementation Summit em São Paulo. Utilizando uma metáfora rural, Gore comparou a situação do planeta à de um fazendeiro que, para evitar o sofrimento, nega a gravidade de seus ferimentos, destacando a urgência de reconhecer e enfrentar os desafios climáticos.
Gore enfatizou que, apesar dos avanços nas políticas climáticas, o mundo ainda está tratando a atmosfera como um “esgoto aberto”, com a emissão diária de 175 milhões de toneladas de gases de efeito estufa. Ele também alertou sobre o impacto econômico do calor extremo, que já reduziu a produtividade global, gerando perdas de trilhões de dólares.
O ativista ressaltou o papel crucial do Brasil na liderança da transição para uma economia verde, mencionando suas vantagens como a matriz elétrica limpa e o potencial agrícola e florestal. A conferência reforçou a importância do setor privado como motor da solução climática, concentrando grande parte dos investimentos globais em energia renovável.
Dados da Agência Internacional de Energia (IEA) revelam que, em 2023, 93% da nova capacidade de geração elétrica instalada globalmente veio de fontes renováveis. Além disso, um estudo da Universidade de Oxford aponta que investimentos sustentáveis criam três vezes mais empregos do que os investimentos em combustíveis fósseis, evidenciando o potencial da descarbonização como um motor de crescimento econômico.
Na esfera da política internacional, Gore criticou a postura dos Estados Unidos em relação ao Acordo de Paris, mas reconheceu que a transição energética continuou avançando no país, mesmo durante o período de retração. Ele também destacou a importância da medição em tempo real das emissões para garantir a transparência e a eficácia das políticas climáticas.
Para Gore, a chave para reverter a crise climática reside na vontade política e na ação imediata. Ele enfatizou que, ao atingir emissões líquidas zero, o aumento da temperatura cessa quase instantaneamente, possibilitando a estabilização do sistema climático ainda nesta geração.
Via Forbes Brasil