Brasil lidera salários em tecnologia na América Latina com média anual de R$ 358 mil

Pesquisa mostra que Brasil tem os maiores salários em tecnologia na América Latina, com média anual de R$ 358 mil. Confira os detalhes.
10/11/2025 às 06:23 | Atualizado há 4 horas
               
Salários em tecnologia
Engenheiros e cientistas de dados do Brasil lideram na América Latina, mas perdem para EUA. (Imagem/Reprodução: G1)

O Brasil se destaca na América Latina como o país que oferece os maiores salários para profissionais de tecnologia, com uma média anual de R$ 358 mil. O levantamento da Deel analisou mais de um milhão de contratos globalmente e revelou essa liderança na região.

Engenheiros e cientistas de dados no Brasil recebem, em média, US$ 67 mil por ano, valor superior ao encontrado no México e na Argentina. Ainda assim, os salários brasileiros estão abaixo dos praticados em países como Estados Unidos, Canadá e Reino Unido.

O estudo também destaca o crescimento do trabalho freelancer no setor de tecnologia no Brasil, que representa 84% dos contratos em Engenharia e Dados. Além disso, ressalta questões como desigualdade salarial entre homens e mulheres e a adoção crescente de participação acionária para atrair talentos.
O Brasil se destaca na América Latina no que se refere à remuneração de profissionais da área de tecnologia. Um estudo recente, “The State of Global Compensation 2025” da Deel, analisou mais de um milhão de contratos em 150 países e revelou essa liderança.

De acordo com o levantamento, engenheiros e cientistas de dados no Brasil recebem, em média, US$ 67 mil por ano. Este valor supera os salários praticados no México (US$ 48 mil) e na Argentina (US$ 42 mil). Nos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido, os salários podem chegar a US$ 150 mil anuais, mais que o dobro da média brasileira.

Essa pesquisa também aponta para uma tendência crescente na valorização de especialistas em áreas como inteligência artificial (IA) e modelos de remuneração flexíveis. No Brasil, 84% dos contratos em tecnologia são de freelancers, principalmente em Engenharia e Dados. Em Produto e Design, o índice é de 79%, enquanto em Vendas e Marketing, é de 55%.

Essa prática permite às empresas reduzir custos, mas traz desafios regulatórios e o risco de precarização, já que muitos profissionais atuam sem os mesmos direitos trabalhistas de funcionários fixos. O Brasil surge como uma alternativa para empresas que buscam profissionais de tecnologia com custos de contratação mais competitivos.

Desde 2021, o uso de participação acionária (equity) tem crescido como estratégia para atrair e reter talentos, especialmente em startups e empresas de tecnologia. Contudo, o relatório da Deel também revela desigualdades salariais entre homens e mulheres no setor.

Na área de engenharia e dados, mulheres chegam a ganhar 29,5% menos que homens, com uma diferença salarial de US$ 26 mil. Em produtos e design, essa diferença é de US$ 14 mil, enquanto em vendas e marketing, a disparidade é de US$ 5 mil.

Apesar da liderança nos salários em tecnologia na América Latina, o Brasil ainda enfrenta desafios internos. Áreas técnicas possuem salários competitivos, enquanto profissionais de vendas, marketing, produtos e design estão distantes dos padrões de grandes potências.

O estudo da Deel ressalta a importância de habilidades como análise de dados e negociação estratégica para se destacar no mercado. Além disso, a busca por modelos de remuneração flexíveis e a valorização de especialistas em IA são tendências que devem continuar a impulsionar o setor de tecnologia no Brasil.

Via G1

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.