Uma fita magnética contendo a primeira versão do Unix em linguagem C foi encontrada nos depósitos da Universidade de Utah. Trata-se do Unix V4, desenvolvido em 1973 pelos Laboratórios Bell, um marco na história dos sistemas operacionais.
A fita armazenada por mais de cinco décadas será preservada no Computer History Museum na Califórnia. Especialistas estão conduzindo a digitalização dos dados usando tecnologia avançada para garantir a recuperação completa do conteúdo original.
Essa descoberta é importante porque mostra a transição do Unix do Assembly para o C, facilitando a criação de sistemas como Linux e macOS. A recuperação da fita permite compreender melhor os primórdios da computação moderna.
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Um artefato crucial da história da computação ressurgiu nos depósitos da Universidade de Utah: uma fita magnética contendo a Primeira versão do Unix em C. Descoberta durante a limpeza de um espaço de armazenamento, a fita contém o Unix V4, datado de 1973 e desenvolvido pelos Laboratórios Bell.
Este achado é particularmente significativo, pois representa a primeira edição do Unix reescrita na linguagem C, uma inovação de Dennis Ritchie. Até agora, poucas cópias completas desta versão eram conhecidas. Robert Ricci, da Kahlert School of Computing, confirmou que a fita, armazenada por mais de cinco décadas, será agora preservada no Computer History Museum, na Califórnia.
A fita, acondicionada em uma bobina de nove trilhas, exibe a inscrição “UNIX Original From Bell Labs V4 (See Manual for format)”. Notavelmente, a anotação foi feita por Jay Lepreau, um ex-professor da universidade falecido em 2008. Segundo Ricci, a mídia inclui uma cópia original do Unix, enviada pela AT&T a Martin Newell, criador do famoso Utah Teapot, um modelo 3D fundamental na computação gráfica.
O Unix V4 marcou um ponto de virada ao migrar o sistema do Assembly para C, aumentando a portabilidade do código e influenciando sistemas operacionais subsequentes como Linux e macOS. Antes desta descoberta, apenas fragmentos desta versão eram acessíveis, incluindo partes do kernel e manuais técnicos de novembro de 1973.
A fita será transportada para o Computer History Museum em Mountain View, onde Al Kossow, do projeto Bitsavers, liderará a recuperação dos dados. O processo envolve a digitalização dos sinais analógicos diretamente da fita, utilizando conversores de alta velocidade e até 100 GB de memória RAM para armazenar os dados brutos, que serão reconstruídos através de software especializado.
Kossow expressou otimismo quanto à recuperação, dada a qualidade da fita 3M de 1.200 pés e nove trilhas. Ele também indicou que a recuperação desta fita recebeu alta prioridade, reconhecendo o seu valor histórico excepcional. “É uma raridade, por isso estou a priorizar a recuperação no topo da minha lista de projetos”, afirmou Kossow.
A descoberta desta fita e os esforços para recuperar seu conteúdo representam uma oportunidade única de preservar e entender melhor os primórdios da computação moderna, influenciando futuras gerações de engenheiros e cientistas da computação.
Via Tecnoblog
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